Pelo segundo ano consecutivo, a maior organização criminosa do Amazonas comemora aniversário soltando fogos na cara da população
Como aconteceu no ano passado, uma das principais organizações criminosas do Amazonas mostrou, novamente, ao governo Wilson Lima (PSC) quem manda no Estado. Nesta quinta-feira (10/02), os traficantes comemoraram seu segundo ano de “criação” com muitos fogos de artifícios em todas as zonas de Manaus, principalmente nas zonas Leste e Norte.
O anúncio da comemoração foi feito previamente nas redes sociais pela organização, que estabeleceu o horário das 19hs para “soltar” os rojões nos céus da capital amazonense e em cidades onde a facção tem fortes ramificações, como os municípios de Iranduba, por exemplo.
Afronta
No ano passado, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AM), naquela época comandada pelo coronel PM Louismar Bonates, considerou os fogos “uma afronta” ao Estado e convocou a imprensa para anunciar que “o governo (Wilson Lima) iria investigar quem ordenou a comemoração”.
Execuções no estado
Um ano depois, tudo se repete e nada será feito. Em dois anos de existência a facção criminosa é responsável por quase duas mil execuções na capital e no interior, e, este ano mostrou extrema ousadia no ataque com fuzil ao carro da Polícia Civil em frente ao Fórum Enoch Reis. Na ocasião, dois traficantes rivais foram mortos e dois policiais civis ficaram feridos.
A organização criminosa segue com seu plano de executar em plena luz do dia, nas avenidas de Manaus, membros de facções rivais para garantir mais poder.
Investimento milionário sem êxito
Neste ano, a força de comando da organização ocupou as principais páginas de jornais e foi destaque em uma emissora de TV nacional. Nem mesmo colocando um general do Exército no comando da segurança pública e aplicado investimento de mais de R$ 280 milhões para reprimir a violência, o governo Wilson Lima tem logrado êxito.
Cidade sem lei
Enquanto isso, Manaus vai se tornando uma “cidade sem ordem, lei e sem um xerife”. O Amazonas está assustado e as famílias de bem aguardando uma resposta firme do poder público. E como diz o comunicado da facção, quem está no comando, há dois anos, “são eles”. O insulto mostra a total falência do nosso sistema de segurança pública e o silêncio do governo do Amazonas é latente.