Após uma nova série de investigações, o homem suspeito de trair Anne Frank e sua família e entregá-los para os nazistas foi identificado depois de 77 anos. A jovem judia famosa pelo seu diário morreu em um campo de concentração em 1945, com apenas 15 anos de idade e após passar 2 anos escondida.
Os textos de seu diário, publicados após a sua morte, tornaram-se os relatos em primeira mão mais famosos das agressões aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O trabalho de perícia do caso foi feito por uma equipe de historiadores e outros especialistas, que passaram 6 anos usando técnicas modernas de investigação para desvendar o caso.
Profundidade das investigações
Em entrevista à CBS, o investigador e ex-agente do FBI Vince Pankoke falou mais sobre o caso. “Quando Van den Bergh perdeu toda a sua série de proteções, isentando-o de ter que ir aos campos, ele teve que fornecer algo valioso aos nazistas com quem teve contato para que ele e sua esposa ficassem seguros naquele momento”, ele comentou.
Apesar de o fato de outro judeu ter entregue Anne Frank, e sua família sempre ter dificultado as investigações, existem indícios de que Otto, pai da menina, já tinha ideia do acontecido e preferiu manter a informação em segredo. Nos arquivos de um investigador anterior, eles encontraram uma cópia de uma nota anônima enviada a Otto Frank identificando Arnold van den Bergh como seu traidor.
Segundo Pankoke, é possível que o antissemitismo tenha sido responsável pela informação nunca ter sido divulgada. “Talvez Otto pensasse que o vazamento desses dados só jogaria mais ‘lenha na fogueira'”, ele disse. Conforme foi averiguado pela imprensa holandesa, van den Bergh acabou falecendo em 1950.
Em declaração oficial, a Casa de Anne Frank se disse impressionada com o trabalho dos investigadores. Seu diretor-executivo, Ronald Leopold, acrescentou que a nova pesquisa “gerou novas informações importantes e uma hipótese fascinante que merece mais pesquisas”.
Fonte: Mega Curioso