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Prefeitura promove curso para ampliar diagnóstico da tuberculose latente

Com o objetivo de ampliar a oferta dos serviços de diagnóstico e tratamento precoce da tuberculose latente, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou, nesta quinta-feira, 7/4, o curso de “Aplicação e Leitura da Prova Tuberculínica”.


A programação, com a parte teórica do curso, foi realizada no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), unidade Galileia, no bairro Cidade Nova, zona Norte, e teve como público-alvo 28 profissionais de sete unidades de saúde, que atendem a população na zona Norte, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem.

O chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, enfermeiro Daniel Sacramento, um dos instrutores do curso, explicou que a tuberculose latente ocorre quando uma pessoa é infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas ainda não desenvolveu a doença ativa, e a prova tuberculínica é o exame que ajuda no diagnóstico desses casos, serviço que atualmente está disponível em 18 unidades de saúde da rede municipal.

“Pacientes com tuberculose latente apresentam risco de desenvolver a doença ativa no futuro, o que significa que também poderão ser agentes transmissores da doença em alguma fase da vida. Para evitar esse desenvolvimento, é importante diagnosticar a tuberculose latente, o que torna necessária a realização da prova tuberculínica, e iniciar o tratamento. A ampliação da oferta do serviço nas unidades de saúde é uma das estratégias da Semsa para reforçar o diagnóstico, o que é feito a partir de ações de Educação Permanente juntos aos profissionais que já atuam na rede de saúde, com o objetivo final de reduzir a incidência e mortalidade por tuberculose”, informou Daniel.
Os dados da Semsa apontam que, de janeiro de 2018 a fevereiro de 2022, 2.278 pessoas iniciaram tratamento para Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) no município de Manaus, reduzindo a chances de desenvolverem a tuberculose ativa no futuro. Somente em 2021, 722 pessoas iniciaram o mesmo tratamento, um aumento de 384,5% em relação ao ano de 2018.
Conteúdo
O curso abordou os temas: “Por que investigar e tratar ILTB?”; “Diferença entre doença ativa e infecção latente”; “Cenário da Tuberculose no Distrito Norte e Vigilância da ILTB”; “Prova tuberculínica: utilização, dosagem, conservação e técnica de aplicação e leitura”; “Fluxograma de investigação de contato”.
“Essa primeira etapa do curso envolveu a parte teórica, mas haverá a parte prática para a realização da prova turbeculínica, o que vai ser finalizado até o mês de junho”, informou Sacramento.

O treinamento prático vai envolver os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde: José Figliuolo; Áugias Gadelha, Arthur Virgílio, Balbina Mestrinho, Sálvio Belota, Frei Valério e na policlínica José Antônio da Silva.

Campanha

Para encerrar a campanha municipal de Luta contra a Tuberculose, iniciada no mês de março, o Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa vai promover, nesta sexta-feira, 8, das 8h30 às 11h, no auditório do Cetam, no bairro Dom Pedro, zona Oeste, uma programação para apresentar o “Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose: onde estamos e para onde vamos?”.

Durante o evento, a Semsa também vai premiar 22 unidades de saúde que tiveram destaque na execução das ações do Programa Municipal de Controle da Tuberculose no ano de 2021, avaliados a partir de indicadores de desempenho do programa: proporção de sintomáticos respiratórios examinados; indicadores de acompanhamento (exames para HIV realizados, contatos examinados e cura); e número de tratamento de ILTB iniciados.
Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das unidades de saúde da rede municipal para a realização de exames. A transmissão ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.
Casos
Em 2021, a taxa de incidência por tuberculose em Manaus foi de 102,9 casos/100 mil habitantes, com 2.321 casos novos de tuberculose registrados, representando aumento de 11,8% no número de registros em relação ao ano de 2020, momento no qual o houve redução do diagnóstico da doença devido a pandemia de Covid-19.

Os casos de tuberculose, em sua maioria, possuem o seguinte perfil epidemiológico: sexo masculino (59,9%), na faixa etária de 20 a 39 anos (43,7%), com forma clínica pulmonar (84,6%).
Entre janeiro e março deste ano, o número de novos casos de tuberculose chegou a 542, com 20 óbitos e 166 casos diagnosticados de infecção latente de tuberculose.

Fotos – Camila Batista/Semsa

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