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Maternidade Moura Tapajóz dá início à nova etapa do curso de capacitação da ‘Iniciativa Hospital Amigo da Criança’

Com o intuito de reforçar com sua equipe as boas práticas no parto e nascimento e de estabelecer ações que garantam o exercício da amamentação e reduzam as taxas de mortalidade infantil, a Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, iniciou esta semana a parte prática do curso de capacitação sobre a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) de Manejo, Promoção e Apoio ao Aleitamento Materno.


O curso será oferecido, até o final do mês de novembro, de forma híbrida, com o conteúdo teórico sendo disponibilizado na plataforma do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola de Saúde Pública de Manaus (Esap) e as aulas práticas no auditório da unidade, de acordo com os plantões, durante os turnos de trabalho dos servidores. O treinamento prático é ministrado pelas enfermeiras Maria Alice Santos, Suellen Oliveira Couto; e também pela enfermeira Lílian Aguiar, responsável pelo Posto de Coleta de Leite Humano da MMT, conhecido com Cantinho da Amamentação; e pela médica neonatologista e presidente do Comitê IHAC/MMT, Briza Rocha.

A enfermeira obstetra Núbia Cruz, diretora da MMT, destaca que o curso é realizado por todos os funcionários da maternidade, desde aqueles das áreas assistenciais e técnicas àqueles das áreas administrativas. “A Moura Tapajóz, como ‘Hospital Amigo da Criança’, deve manter um padrão de excelência no que diz respeito aos ‘10 passos para o sucesso do Aleitamento Materno’, Cuidado Amigo da Mulher, Lei do Acompanhante, Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e Permanência de acompanhante com o Recém-nascido PRN (que garante o livre acesso, permanência e participação nos cuidados da mãe e pai ao recém-nascido prematuro). E esse padrão deve ser observado da recepção à equipe da alta hospitalar”, ressalta a diretora.
As regras são instituídas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a médica neonatologista Briza Rocha, o treinamento é fundamental, tanto para reciclagem dos antigos servidores quanto para o aprendizado e adequação dos colaboradores recém-chegados e que ainda não tiveram a oportunidade de participar das capacitações. “O processo de capacitação inicial da equipe é muito longo e complexo e as atualizações devem ser frequentes e contínuas, para que possamos relembrar nossa própria prática e trocar experiências, garantindo o ajuste dos processos, o fortalecimento das ações e a manutenção dos padrões estabelecidos”.
O curso oferece 20 horas de conteúdos teóricos e práticos sobre manejo da amamentação e boas práticas no parto e nascimento, que são os alicerces para a adequação dos hospitais aos critérios exigidos pela iniciativa para receberem o título. A parte prática, que iniciou esta semana, contempla orientações sobre procedimentos de higiene durante o processo de extração manual de leite à beira leito, horário ideal, como realizar a massagem das mamas, como realizar a extração manual, como retirar o leite que será oferecido ao recém-nascido e como armazená-lo para doação ao Posto de Coleta de Leite Humano da maternidade.

Na parte teórica, são abordadas temáticas como: Políticas de Aleitamento Materno, Dinâmica de Acolhimento, Lactentes com Necessidades Especiais, Traumas Mamilares, Vantagens do Aleitamento, Humanização do Nascimento e Parto, Como o Leite Chega ao Bebê – Fundamentação da Nova Anatomia e Fisiologia, Questões Relacionadas à Saúde Materna, dentre outras.
Confira os “10 Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”:

Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço;
Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma;
Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação;
Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto;
Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos;
Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica;
Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
Encorajar a amamentação sob livre demanda;
Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas;
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.

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