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Ucrânia e Rússia voltam a se acusar por ataques à usina nuclear de Zaporizhzhia

A Ucrânia e a Rússia voltaram a se acusar mutuamente, neste sábado (13), de ataques contra a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa. Localizada no sul da Ucrânia, Zaporizhzhia está sob ocupação russa desde o início da guerra e tem sido palco de recentes enfrentamentos há uma semana.







“Reduzam sua presença nas ruas de Enerhodar! Recebemos notícias de novas provocações por parte dos ocupantes” russos, escreveu no Telegram a agência nuclear ucraniana Energoatom, que publicou uma mensagem de um dirigente local da cidade de Enerhodar (controlada por Kiev), próxima da central de Zaporizhzhia.

“Segundo os depoimentos dos moradores, há novos bombardeios em direção da central nuclear de Zaporizhzhia […] O intervalo entre a saída e a queda dos projéteis é de 3 a 5 segundos”, acrescentou a agência na mensagem, segundo a AFP.

Por sua vez, as autoridades de ocupação instaladas pela Rússia em partes do sul da Ucrânia acusaram Kiev de estar por trás dos ataques.

“Enerhodar e a central nuclear de Zaporizhzhia estão sob fogo de militantes [do presidente Volodimir] Zelensky”, declarou no Telegram Vladimir Rogov, membro da administração militar e civil pró-Rússia.

Os projéteis caíram “em áreas situadas nas margens do [rio] Dnieper e na central”, afirmou Rogov, sem provocar vítimas nem danos.

Desde a semana passada, os dois países se acusam da autoria dos bombardeios contra usina de Zaporizhzhia, gerando temor de uma catástrofe nuclear.

A usina ucraniana ficou sob o controle das tropas russas em 4 de março, logo após o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

No começo desse mês, um ataque danificou um transformador elétrico de alta tensão, o que provocou a paralisação automática do reator número 3 da usina nuclear, ainda segundo a agência de notícias France Presse.

Os últimos bombardeios datam de quinta-feira e provocaram danos em uma estação de bombeamento e em sensores de radiação.

As autoridades ucranianas, com o apoio de seus aliados entre as potências ocidentais, pedem a retirada das tropas russas da área e que a mesma seja desmilitarizada, diante do que Zelensky classifica como “chantagem nuclear russa”.

Nesta semana, como mostrou o Jornal Nacional, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu o “fim imediato” de todas as atividades militares em torno da instalação e alertou que a continuação das hostilidades poderia “levar a uma catástrofe”.



Fonte: G1

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