Realizando vistoria in loco na área do Centro, a Prefeitura de Manaus avança na conclusão da atualização do banco de 1.656 unidades históricas, dez praças e 11 armazéns de porto originalmente listados no Decreto 7.176/2004.
A Gerência de Patrimônio Histórico (GPH), do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), realizou até o momento 1.154 vistorias, incluindo 292 unidades de 1º grau; 854 unidades de 2º grau e oito praças históricas.
Faltam vistorias em 634 unidades, contando com os itens de exclusão ou inclusão da listagem. Após a visita em campo, os técnicos farão a revisão de 1.808 fichas técnicas das edificações de interesse histórico.
As vistorias servem para subsidiar desde a análise dos pedidos de licenciamento, como também identificar eventuais desconformidades e constatar uma recomposição de fachada, situação de abandono ou de uma situação específica que necessite de verificação in loco. É na vistoria que se realiza o registro fotográfico do local e seu entorno imediato, o qual passa a integrar o histórico do estoque de bens protegidos.
Nas vistorias, os dados e imagens das unidades de interesse de preservação servem para abastecer o banco de dados no Implurb, no sistema ArcGis. O trabalho está na fase de edição final das fichas técnicas da lista para futura publicação no Diário Oficial de Manaus. Com a ação em campo, é possível incluir ou até mesmo excluir unidades, de acordo com as respectivas informações coletadas de preservação até descaracterização completa.
As informações de endereço, numeração, setor dentro do sítio histórico, subsetor do Plano Diretor, classificação e tombamento (quando existir), uso do imóvel, fotos antigas (2003/2004) e atuais (2021/2022), mapa de localização e descrição das unidades são inseridos na plataforma de dados, gerando as chamadas fichas técnicas. Elas ainda têm dados das fachadas, cobertura e indicam se a edificação/lote está em abandono.
“Também são observados nos imóveis sinais de descaracterizações, demolições e sinistros ocorridos posteriormente ao decreto. Estamos valorizando a manutenção das edificações que são relevantes para o valor histórico e simbólico do patrimônio edificado de Manaus dentro do território Centro antigo. O trabalho em campo e o uso de novas tecnologias permitem, inclusive, excluir imóveis que não existem mais ou já estão totalmente descaracterizados”, disse a gerente do GPH, arquiteta e urbanista Luiza Lacerda.
Desde 2004, a listagem das edificações de interesse de preservação não passava por uma revisão minuciosa. Durante todo esse período, decretos tiraram alguns imóveis da lista, ocorreram reformas ou até mesmo total abandono e ruínas de alguns bens. Tem unidades que desapareceram e outras foram reestruturadas e não faz mais sentido estarem na lista. A atualização com georreferenciamento e mapas geográficos modernos vai permitir uma melhor leitura e compreensão do Centro antigo edificado.