As estratégias que a Prefeitura de Manaus adota para a prevenção e o tratamento da hanseníase são referências nacional e motivaram a visita de uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (TO), à capital.
Ao longo desta semana as profissionais conhecerão as ações de rotina do Núcleo de Controle da Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que atua em frentes de trabalho que compreendem desde o fortalecimento de vínculos com os usuários para evitar o abandono do tratamento, até o diagnóstico em tempo oportuno, esforço que impede a evolução da doença.
A assistente social Ieda Fátima Batista Nogueira e a enfermeira Yara Alice Jorge de Souza foram recebidas pelo subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, na sede da Semsa. Ao dar as boas-vindas, o gestor enfatizou o compromisso do prefeito David Almeida em modificar o cenário da doença em Manaus.
“Além da capacitação técnica das equipes, a Semsa tem reforçado a importância do acolhimento humanizado e de uma assistência com qualidade como forma de fortalecer o vínculo com esse usuário os profissionais de saúde. O objetivo é integrar a vigilância e a atenção estratégica envolvendo todos os envolvidos nesse processo de acolhimento. Porque quem lida diretamente com o usuário é o profissional da ponta”, explicou.
A assistente social Ieda Fátima Batista Nogueira explicou que o objetivo da visita é conhecer as ações práticas da Semsa, para alcançar indicadores que fortaleçam a atenção básica e a vigilância com intuito de atender bem a população do Tocantins.
“Nós fizemos uma busca no Ministério da Saúde para que nos indicasse uma capital que ofertasse um serviço de referência no Brasil com bons resultados, e Manaus foi apontada. Viemos aqui aprender como podemos melhorar nossos indicadores”, acentuou.
A enfermeira Yara Alice Jorge de Souza, que também atua no controle da hanseníase do Tocantins, afirmou que em seu Estado, a taxa de abandono do tratamento da doença é alta, por isso a visita é oportuna, para conhecer como lidar com e modificar esta realidade.
“Estamos muito otimistas e esperamos concluir nossa visita com muitos conhecimentos que, com certeza, irão ser aplicados em nossa realidade e resultar numa mudança positiva de cenário”, pontuou.
Ferramentas
A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, Ingrid Simone Alves dos Santos, explicou que desta segunda, 19/9, até a próxima sexta-feira, 23, uma intensa programação será desenvolvida para que as técnicas acompanhem a rotina local. Além de conhecer as ferramentas que possibilitam que ações oportunas sejam realizadas, estão previstas visitas a comunidades ribeirinhas e acompanhamento dos atendimentos em unidades de saúde.
“Nossos indicadores em relação à hanseníase estão bons porque temos investido muito no monitoramento. Temos o sistema Hansen, que é uma ferramenta integrada ao Sinan, que nos sinaliza pacientes em atraso e os contatos não avaliados, permitindo que a gente consiga ir até esses usuários. Conseguimos em tempo oportuno evitar o abandono do tratamento. E nesse aspecto, a Semsa não tem medido esforços para que a equipe vá até o paciente checar porque ele não procura mais a unidade. É uma forma de vínculo que ajuda muito a ter uma resposta positiva no manejo clínico”, assinalou Ingrid.
Fotos – Elienai Emanuel / Semsa