Blitz Amazônico
CidadaniaCidadaniaPolítica

No Dia da Mulher, Ricardo Nicolau cobra execução da lei que pune agressores e critica apagão de dados na SSP-AM

No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira, 8, o deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade) cobrou do governo do Estado o cumprimento da legislação que pune em até R$ 2 mil os agressores de mulher. 

A Lei da Multa (nº 5.506/2021), de autoria do parlamentar, está em vigor há quase nove meses e deveria funcionar como reforço às penalidades da Lei Maria da Penha.

A Lei da Multa contempla mulheres ameaçadas ou vítimas de violência física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial. No ano passado, Ricardo Nicolau solicitou apoio à Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) e ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) para a fiscalização da execução da lei em âmbito estadual.
“O principal intuito da lei não é arrecadar, mas inibir esses crimes que aumentaram em todo o Amazonas depois da pandemia. Trata-se de um complemento à Lei Maria da Penha, que foi um grande avanço na questão penal. Pesando no bolso, o agressor pensará duas vezes. É preciso fazer valer essa lei que pode até salvar vidas”, destaca o deputado.
A norma tem origem em projeto apresentado pelo deputado Ricardo Nicolau e põe em prática os efeitos da Lei nº 4.442/2017, também assinada pelo parlamentar, mas que também não havia sido regulamentada pelo governo do Amazonas.
Como a lei funciona
Os valores das multas estão definidos a partir de R$ 1 mil para quando houver acionamento de serviços de policiamento ostensivo, identificação e perícia (exame de corpo de delito) e polícia judiciária. A sanção sobe para R$ 2 mil caso sejam necessários serviços de busca e salvamento. Para casos reincidentes, as multas contra o agressor serão aplicadas em dobro.
A lei determina que o agressor também deverá arcar com os custos dos serviços prestados à vítima pelo sistema público de saúde, com ressarcimentos de acordo com os procedimentos descritos na Tabela SUS.

Após o atendimento à mulher vítima de violência, o órgão que tiver prestado assistência deverá realizar um protocolo com a descrição de todos os procedimentos policiais, médicos ou de resgate realizados e das providências a serem adotadas pelo poder público. Um relatório vai embasar a abertura de um processo administrativo para a cobrança da multa ao agressor.
Apagão de dados
Segundo as informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM), 18.870 casos de violência doméstica foram registrados até outubro de 2021 só em Manaus. No interior, o número chegou a 909. No mesmo período, dez casos de feminicídio foram registrados na capital e 11 no interior.
Porém, há quatro meses, esses dados estatísticos não são atualizados pela SSP-AM. “As informações da secretaria não são atuais. Falta transparência. A ausência de dados sobre a violência contra mulher é a prova de que falta gestão na segurança”, afirma Ricardo Nicolau.
Março Lilás
Além de leis que colaboram para o combate à violência contra a mulher, Ricardo Nicolau destaca suas emendas parlamentares que somam R$ 7,8 milhões para ações de enfrentamento ao câncer do colo do útero. Março é o mês de conscientização e combate à doença.
O parlamentar destinou recursos na ordem de R$ 4,6 milhões para a realização de exames preventivos do câncer do colo do útero em todos os 62 municípios do interior e mais R$ 3,2 milhões para a construção e equipagem do Centro Avançado de Prevenção do Câncer do Colo do Útero do Amazonas (Cepcolu).

Post Relacionado

Projeto da Dra. Mayara incentiva adoção de Unidades de Saúde no Amazonas

Redação

Amazonas reduz para três meses intervalo da dose de reforço para pessoas a partir de 60 anos

Shayenne

Enfermeiro é preso suspeito de estuprar gestante

Patrick