Geralmente, os ciclos acompanham sintomas físicos e psíquicos como inchaço, cansaço, dor nas pernas, irritabilidade, cólicas, entre outros. De acordo com a Dra. Márcia Mendonça Carneiro, médica ginecologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de 40% a 80% das mulheres têm sintomas pré-menstruais, que podem variar de leves a graves, e compõem a temida síndrome da tensão pré-menstrual (TPM). Entretanto, somente 3% a 10% têm a forma mais grave.
Normalmente, estes sintomas desaparecem após o término da menstruação, mas comprometem a qualidade de vida da mulher. “É importante salientar a importância da avaliação médica, visto que em alguns casos doenças como alterações da tireoide e depressão podem estar presentes”, destaca a especialista.
A médica aponta ainda que a dor de cólica atinge 15% a 50% das mulheres jovens. Ela geralmente acompanha outros sintomas como náuseas, vômitos, alterações do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), cansaço, tontura, sensação de peso nas pernas, dor de cabeça, entre outros. Em algumas situações, a cólica pode ser tão intensa que passa a comprometer a vida da mulher.
Por conta disso, a ginecologista reforça a importância da avaliação médica, já que dores do gênero podem indicar doenças como endometriose. “Se as cólicas são persistentes ou se há piora progressiva das mesmas, há necessidade de buscar avaliação e tratamento. Parece surreal, mas ainda é preciso frisar que uma mulher ficar sentindo dor não é normal”, destaca.
MENSTRUAR OU NÃO MENSTRUAR?
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