Matheus de Souza Cardoso, de 24 anos, é considerado foragido pela morte, a facadas, de Luiz Henrique de Lima, de 22, durante a Parada LGBTQIA+, em Niterói, na Região Metropolitana, no dia 6.
No pedido de prisão preventiva aceito pela Justiça, o Ministério Público considera que a morte da vítima foi “ocasionada por motivo fútil”, apenas porque Luiz Henrique esbarrou em Matheus e derramou um copo de bebida durante uma discussão e troca de agressões.
“Jogou bebida na minha cara, mano. Eu falei: ‘eu vou acabar com você, eu vou acabar com você, mano’. (…) Eu falei que ia furar ela”, diz Luiz Henrique em áudio enviado a amigo e ao qual a polícia teve acesso.
O laudo da perícia afirma que Luiz Henrique teve 11 ferimentos no corpo provocados por uma faca tipo canivete. A causa da morte foi traumatismo cranioencefálico por mecanismo perfurocortante.
OS FERIMENTOS FORAM
3 no tórax
2 no braço direito
5 no braço esquerdo
1 facada fatal na testa
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) investiga o caso.
EX-AMIGOS
Testemunhas contaram que Matheus sumiu levando os cinco cachorros.
Amigos contaram que Luiz Henrique e Matheus eram amigos, mas estavam afastados há três anos.
“A gente era todo mundo amigo. Aí teve o primeiro atrito e se afastou, dividiu um para um lado e um para o outro. Mas no negócio de Youtube e Facebook sempre rolava uma indireta. Só que nós nunca achamos que ele ia ser capaz de acabar com a vida do nosso amigo. A família e os amigos estão sem entender o tamanho da brutalidade do fato”, disse um amigo de Luiz Henrique sem se identificar.
“Foi um crime premeditado mesmo, ele premeditou tudo. Espero que a polícia faça justiça, porque Luiz Henrique era uma pessoa muito boa. Está todo mundo sofrendo e quer justiça. Só isso”, contou.
Segundo os amigos, Luiz Henrique foi empurrado pelo assassino durante o evento. Eles apontaram pelo menos outras duas pessoas que estariam envolvidas no crime.
JOVEM QUERIA SER DESENHISTA
O corpo de Luiz Henrique foi enterrado na terça-feira (9), no Cemitério do Maruí, em Niterói. A mãe da vítima, Adriana, fez questão de falar sobre a doçura do filho, um jovem alegre que sonhava em ser desenhista.
“Meu filho era um garoto muito bom, garoto educado. Ele queria voltar a estudar, terminar o curso dele, queria ser desenhista. Era o sonho dele. Só eu sei a dor que eu estou sentindo. É um pedaço que tirou de mim. Eu só quero justiça. Meu filho não merecia isso, não. Meu filho era carinhoso. E fizeram isso com meu filho”, disse Adriana.
Fonte: G1