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Idealizadora do projeto Borboletas Azuis fala sobre os desafios do autista na sociedade em que vivemos


                 DA REDAÇÃO BLITZ AMAZÔNICO 
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de dezembro de 2007, e celebrado em 2 de abril. A doença atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

Nesse dia especial, o portal de notícias do Blitz Amazônico entrevistou Fabiana Nascimento idealizadora do projeto Borboletas Azuis. Na ocasião, ela contou como teve início esse trabalho.
“A gente começou vendo a demanda das mães, da falta de ter no mês de abril todo mundo fazer e a gente não ter. E o nosso instituto é mais para trabalhar a luta pela inclusão, dar apoio aos pais quando não sabem, quando descobre, isso tudo a gente faz. Começou com quinze mães da sala de recurso o projeto Borboletas Azuis. Aí a gente viu a necessidade de enviar o ofício para alguns lugares que a gente levar essa sala de recurso e se criou por eu começar a ver a história, começar a entender o que significava o trabalho e se o autismo como se desenvolve, para quem não sabe o autismo das coisas características demorar andar a falar”, destacou.

Sobre qual foi a inspiração para a escolha do nome de batismo do projeto, ela falou sobre o assunto.
“Essa borboleta-azul ela é encontrada no interior da mata de Óbidos, ela se tornou símbolo do instituto por era ela demorar de sair da mata, ela só sai entre em torno de nove, dez horas da manhã, onde saem em revoada”, contou.

Atualmente, essa iniciativa tem beneficiado famílias que precisa de orientação para conviver melhor com seus filhos autistas.
“Hoje a gente atende sessenta mães aqui dentro do Viver Melhor e mais outras mães de outros três bairros. A gente tem um grupo lá no Jesus Me Deu, temos na Japelândia e Petrópolis. É um pequeno grupo lá, mas no Jesus Me Deu é maior. Hoje a gente atende também algumas cidades do interior. A gente não tem sede própria, mas a gente faz todo o movimento aqui dentro do Viver Melhor. Tudo que eu faço, eu faço aqui, eu faço passeios, consigo vans e levamos crianças do instituto”.
E esse ano o calendário do instituto volta gradualmente a sua normalidade.
“A caminhada por causa da pandemia foi não foi feita durante dois anos, então esse ano eu fecho o calendário do mês de abril. O evento acontece no dia 29, a partir das 9 h da manhã com a caminhada. Então a gente convida quem quiser vir, pois é um ato que as mães vão caminhar e vão colocar nos cartazes o que é que elas estão querendo de melhorias para seus filhos autistas”, informou.
Questionada como o instituto consegue recursos, a idealizadora do projeto falou do empenho que é feito.

“A gente consegue parcerias com as secretarias, com os amigos, recebemos doações de cesta básica, além disso, a gente tenta realizar todas as festas do calendário anual, como mês das mães, eventos especiais do mês de abril entre outras atividades. Aqui são 60 mães inscritas mais arrimo de família e mães que estão chegando estar em torno de cento e cinquenta. Que eu não fiz ainda o cada geral agora que cada hora é uma coisa que acontece com o final de você fazer eu vou fazer as visitas e eu acho que está em torno de 200 mães, com as que estão chegando as que vão entrar está em torno disso hoje. O Instituto está cadastrando duzentas mães. A frase desse ano da caminhada é: “Os autistas nasceram para ser incríveis, não perfeitos”.

Falando um pouco da sua trajetória, Fabiana Nascimento fez um resumo da sua luta pela causa.

“Milito a mais de quinze anos, faço parte da coordenação Moabe a nível nacional, coordenadoria de Manaus, faço parte do conselho da pessoa com deficiência, faço parte da comissão da pessoa com a deficiência do estado e a gente vem trabalhando. Lugar de autista é o lugar onde ele se sinta acolhido onde ele se sinta respeitado onde a inclusão de fato acontece onde que possamos fazer com que essas políticas pública e essas leis sejam executadas. Tudo que eu faço aqui é porque aqui que eu moro é aqui descobri que tem várias pessoas com PCD que hoje se você não sabe o autista é um PCD sim, porque ele recebe um benefício, ele recebe e através disso, a gente faz um diferencial só que tem a parte que eles são extremamente sensoriais e são repetitivos. Mas é sim uma deficiência PCD. Eu creio que eu não vou mudar o mundo, mas eu vou lutar sim, que as políticas públicas saiam do papel”, ressaltou.
“Fico pensando hoje como a instituição quanto pesa meu posicionamento. Lugar de autista é em todo lugar, não é somente para país de primeiro mundo apenas. Mas aqui deve ser assim lugar de autista, onde se sinta bem acolhido, respeitado com a inclusão executada e suas políticas públicas. Esse ano o Isaac completa 18 anos e pouco avançou, mas como lutamos por todos garanto que enquanto houver fôlego e garra farei todos entenderem nossas demandas. Minha frase para nossa caminhada desse ano, os autistas nasceram para serem incríveis, não perfeitos”, finalizou.

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