Manaus/AM – Um dos fuzis apreendidos no ataque contra uma viatura da Polícia Civil no dia 6 de janeiro deixando dois detentos mortos, saiu do depósito do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), mas o sumiço do armamento só foi descoberto após a polícia solicitar o fuzil para uso temporário, e assim descobrir que o fuzil teria sido entregue para uma pessoa desconhecida.
Level de Freitas Vilhena, de 27 anos, foi preso como um dos suspeitos de fuzilar a viatura no dia 6 de janeiro, e com ele estava um fuzil da marca Taurus, modelo T4, o mesmo que sumiu do depósito do TJAM em 2021.
O fuzil foi apreendido pela primeira vez no dia 6 de março de 2021, com um homem chamado Adriano de Souza Marques. Ele tinha furtado a arma do carro de um policial militar no dia anterior.
Antes, o fuzil pertencia a um empresário, que vendeu a arma para esse policial militar no dia 3 de março de 2021, dias antes de ser furtada.
Enquanto o fuzil ainda estava em posse do TJAM, a Polícia Civil solicitou a arma para uso temporário. Que foi concedido pela justiça. Mas no dia 25 de novembro de 2021, quando o investigador Flamarion Benaion foi receber a arma no TJAM, ele foi informado que o fuzil não tinha sido encontrado, e assim repassou ao delegado Márcio Campos da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
No dia seguinte o diretor da Divisão de Depósito do TJAM, Sidney Level de Brito, informou que ainda estava procurando o armamento, e depois não deu mais notícias.
Consta nos autos, que o delegado Márcio Campos informou que no mesmo dia em que o souberam do sumiço do fuzil, o investigador recebeu a informação extraoficial que a arma tinha sido entregue a outra pessoa, não identificada no processo.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) está acompanhando as investigações do Inquérito da PC-AM.
E o TJAM informou que em razão da gravidade do fato, tem total interesse de que essas informações sejam apuradas com o máximo rigor.