O “#SouManaus Passo a Paço 2002”, promovido pela Prefeitura de Manaus, no centro histórico da cidade, integrou os espaços públicos na programação cultural do evento, com a realização de exposições e visitas a museus, contemplando os mais variados gostos. Na tarde deste sábado, 3/9, primeiro dia de atividades, no andar térreo do Palácio Rio Branco, na avenida 7 de Setembro, s/nº, foi aberta a exposição “Luiz Bacellar: Vida e Obra”, em homenagem ao poeta, que faleceu há dez anos, sendo um tributo a sua memória e uma celebração da literatura amazonense.
A exposição é composta por livros e obras de artes visuais sobre a vida e a trajetória do poeta amazonense, incluindo também os trabalhos de pintores do Clube da Madrugada, do qual foi um dos fundadores, como Moacir Andrade, Hahneman Bacelar, Van Pereira, Óscar Ramos, Jair Jacmont e Manaus Macaco.
Uma cerimônia de abertura informal contou com os organizadores da exposição, o presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles, e o coordenador de Cultura, Carlos Guedelha. Telles destacou que a celebração à vida e à obra do poeta Luiz Bacellar é um tributo à poesia e à cidade. “Sua obra é um canto de louvor à memória de Manaus e sua gente, seus prédios e acontecimentos cotidianos”, comentou.
O professor formado em letras, Thiago Roney, doutorando em literatura, se disse entusiasmado com a exposição sobre um poeta tão especial quanto Bacellar. “O salão está recebendo um público grande e diverso, com muitos jovens que nunca ouviram falar sobre o escritor, mas estão tendo a oportunidade de serem tocados pela força dos poemas do mestre da poesia manauara”, disse.
Mariana Teixeira, 32, que trabalha como auxiliar de contabilidade, contou que decidiu visitar a exposição, porque cursou letras e teve a oportunidade de conhecer Luiz Bacellar. “Acho muito importante essa exposição, porque permite que muita gente venha conhecer um pouco da história desse grande escritor”, comentou.
Outros espaços
O “#SouManaus Passo a Paço 2022” está possibilitando que os visitantes mergulhem na história do Amazonas. No Museu da Cidade, que funciona no Paço Municipal, antiga sede da prefeitura, é possível “viajar no tempo” e conhecer a história da cidade, do povo manauara. No espaço, há exposições tecnológicas, peças arqueológicas e artigos regionais.
Outra exposição que está atraindo a atenção do público é a do acervo do Centro Cultural Óscar Ramos, instalado nas casas 69 e 77, da rua Bernardo Ramos, área de abrangência do festival. Na casa 69, há obras de cinema, criação, figurinos, fotografias, objetos pessoais, além das artes visuais, com obras do artista que difundiu o Amazonas para o mundo nas mais diversas mídias.
Já na casa 77, há obras de artistas renomados como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Hellen Rossy, Buy Chaves, Marcos Romano, Nelson Falcão e Sebastião Alves.
Igha
Estimulada pela credibilidade e alcance do “#SouManaus”, a direção do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (Igha), também localizado na rua Bernardo Ramos, abriu as portas do museu para a visitação pública. No local, é possível observar achados arqueológicos e materiais que contam a história do Amazonas.
O presidente do instituto, José Braga, falou a importância da abertura desses espaços no “#SouManaus”. “Acho que é uma grande iniciativa da prefeitura, porque abriu para a cidade uma possibilidade para que as pessoas conheçam a sua cidade. O Igha é um instituto que serve de base de pesquisa para muitos profissionais, mas o público não sabe disso. Temos um museu antropológico, que foi reaberto, após a pandemia. Estamos muito felizes, engajados nesse movimento, com muita esperança que isso prossiga e que tenhamos novos eventos e atividades criativas como essa”, apontou.
Texto – Sandra Monteiro / Semcom
Fotos – Thelson Souza / Semcom