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Do anonimato à projeção internacional, Amazonino relembra a trajetória da maior festa popular do mundo no primeiro dia do festival

Ex-governador do Amazonas, por quatro mandatos, foi o responsável pela construção do bumbódromo

O pré-candidato da federação PSDB-Cidadania ao Governo do Amazonas, Amazonino Mendes, relembrou nesta sexta-feira (24/06) a evolução do Festival Folclórico de Parintins após a construção do bumbódromo, assinada por ele. A obra construída nos anos 80 promoveu a criatividade, a arte, a dança e a poesia parintinense, elevando o nível das apresentações dos bois Caprichoso e Garantido a patamares internacionais. O bumbódromo contribuiu para que o festival fosse reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil.
De acordo com Amazonino, ao se deparar pela primeira vez com o festival folclórico, ainda no primeiro mandato como governador do Estado, percebeu o potencial do espetáculo promovido pelos bois de pano na Ilha Tupinambara, que era único na Amazônia. Mendes disse ainda que o festival necessitava de um espaço a altura do espetáculo produzido pelos bois Caprichoso e Garantido.

“Decidi construir porque pensei que cada pedra, cada bloco erguido no bumbódromo representava parte do coração, da imaginação, da arte do parintinense. Aquele espetáculo realizado no meio da floresta amazônica precisava ser revelado para o mundo. E graças a Deus pude contribuir com a promoção da maior festa folclórica do país, por meio da construção do bumbódromo, e de tantas outras ações em prol da cidade e das agremiações folclóricas. Minha Parintins, que o coração vermelho bata forte e que a estrela azul nunca deixe de brilhar”, comentou emocionado o ex-governador Amazonino.

História
A historiadora Odineia Andrade, 81, informou que em 1987, o ex-governador Amazonino Mendes, foi conhecer o Festival Folclórico de Parintins, que ocorria em cima de um tablado de madeira, em um espaço, que reunia as disputas dos bois Azul e Vermelho, além das danças folclóricas. O governador ficou tão impactado que em apenas um ano, construiu e inaugurou (29 de junho de 1988) o maior patrimônio cultural da cidade. O projeto é tão inovador e sua localização privilegiada, que não sofreu grandes intervenções em administrações posteriores, apenas manutenção e pequenos ajustes.

“Nós tínhamos um local que o (ex-prefeito) Gláucio Gonçalves mandou fazer para os bois, que era mais ou menos para este fim, para as quadrilhas, para os bois. E o Amazonino veio assistir essa festa. E conversando com o Gláucio, ele perguntou: “Gláucio, tu pensas num espaço para melhorar esse espetáculo que vocês têm? Isso é uma coisa inédita para Parintins’. E o Gláucio respondeu: ‘Claro que eu sonho, mas eu preciso de apoio, inclusive, apoio político’. E o Amazonino disse: ‘Pois, você vai ter o apoio. Nós vamos contribuir’”, relembrou a historiadora parintinense.
A historiadora contou que a obra foi contestada durante o período de edificação, em que muitos moradores na cidade classificavam como desperdício de recurso público. Hoje, ela destaca a importância do legado. “De imediato, diziam: ‘para quê jogar dinheiro fora? Isso é um elefante branco’. O bumbódromo é uma herança que Parintins recebeu da própria cultura dela, porque foi a cultura que impulsionou o senhor governador da época, senhor Amazonino Mendes, a pensar nesse legado para deixar para Parintins como homem público. E ele conseguiu. Construiu o bumbódromo, e nós começamos a usufruir desse benefício cultural que ele nos deixou, desse prédio lindo, que, hoje, já está pequeno para Parintins”, disse Odineia. “Eu considero esse local como um legado cultural que nos foi presenteado por um homem visionário que viu naquela festa, que estava se apresentando para ele no momento, em 1987, e se propôs a ajudar o prefeito da época, Glaucio Gonçalves, a aprimorar aquele espetáculo”, completou Odineia.
Parintins para o mundo
Segundo o humorista parintinense Thiago Caldeira, conhecido como “Abdias, o Cabucão”, antes da construção do bumbódromo, a festa dos bois Caprichoso e Garantido se dava apenas em contexto municipal, voltado para os próprios moradores da Ilha Tupinambarana. O monumento levou a profissionalização dos artistas e incremento das atividades comerciais, gerando ocupação e renda para os parintinenses.

“O bumbódromo deu a cara da cultura brasileira. Antes do bumbódromo, o festival era feito só para Parintins, depois conquistou o Brasil e o mundo. Ele só foi possível porque um cara visionário valorizou a cultura parintinense”, argumentou Caldeira, completando. “Ele investiu em pessoas, em famílias. São várias famílias que ganham sustento através de uma festa grandiosa como esta. Então, para nós, que somos parintinenses, é um orgulho, ter um bumbódromo desse em meio à selva amazônica, mostrando um grande espetáculo, porque, hoje, não chega gente só do Brasil, chega gente de todo o mundo para visitar. Seja, Garantido ou Caprichoso, eu tenho certeza que a hora que o Amazonino chegar em Parintins, todo mundo bate palma. Temos orgulho de ele ter construído uma obra tão grandiosa para filhos e netos contarem sua cultura maravilhosa, é um governador que soube fazer a diferença no momento certo”, afirmou o humorista.
Thiago Caldeira relembra que durante a construção do bumbódromo, muitas pessoas chegaram a duvidar se o público iria lotar a nova arena dos bumbás, já que o tablado de madeira, onde era feita a disputa até então, contemplava com tranquilidade o número de apreciadores da festa, estimado em 6 mil pessoas. “Ninguém acreditava que o público viria. E ele dizia: ‘Não, não se preocupem que nós vamos fazer essa festa ser conhecida no mundo todo, porque vocês fazem um grande espetáculo’. E a partir de lá, Parintins voou”.

Ações de promoção

Além da construção do bumbódromo, Amazonino Mendes investiu na divulgação da festa e na captação de parceiros para a realização do Festival de Parintins. Ele pessoalmente divulgou o evento e conseguiu captar o maior patrocinador privado do festival até hoje, a Coca-cola. Amazonino incentivou o turismo na cidade parintinense com programas de fomento e de crédito; ergueu os currais (sedes) dos bois Garantido e Caprichoso, entre outras ações. Do tímido festival no tablado de madeira que reunia cerca de 6 mil apreciadores, a festa tem expectativa de atrair, em 2022, cerca de 75 mil pessoas para a cidade de Parintins. A grandeza de hoje é reflexo do olhar diferenciado de Amazonino Mendes.

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