O acompanhamento médico e realização periódica de exames laboratoriais e de imagem são fundamentais para diagnosticar alterações metabólicas em estágios iniciais
São Paulo, agosto de 2022 – O isolamento social imposto pela Covid-19 trouxe diversos impactos para a saúde física e mental das pessoas. Durante quase dois anos, muitos deixaram de lado os hábitos saudáveis, os exercícios físicos e a rotina de exames. O resultado foi um aumento de mais de 20% de casos de obesidade em adultos, 26% de hipertensão e 23% de diabetes, de 2019 para 2021, segundo dados do Ministério da Saúde.
“Cada uma dessas três doenças, por si só, já traz diversos riscos para a vida das pessoas. Quando diagnosticadas em conjunto, caracteriza-se a síndrome metabólica, que potencializa as chances de ataques cardíacos, derrames cerebrais e esteatose hepática, um acúmulo de gordura no fígado que, se não tratado, pode evoluir para cirrose ou até resultar na necessidade de transplante do órgão”, alerta o Dr. Abdalla Skaf, médico radiologista e coordenador do Departamento de Diagnóstico por Imagem do Hcor.
Por serem doenças silenciosas, o acompanhamento médico é fundamental para diagnosticar as alterações no organismo ainda em estágios iniciais. Além da aferição da pressão arterial em consultório e da realização de exames laboratoriais de colesterol e glicemia, também é indicada a Elastografia por Ressonância Magnética (ERM), que mede a porcentagem de gordura no fígado com precisão. “Esse exame faz parte do check-up básico em países americanos e europeus, mas no Brasil começou a se popularizar há poucos anos”, revela o Dr. Abdalla.
A ERM é um exame que não necessita de contraste intravenoso, não utiliza radiação ionizante e consegue medir a porcentagem de gordura no fígado em oito minutos. “Devido à pouca disponibilidade de equipamentos de ressonância magnética no país, os médicos acabam preferindo utilizar a ultrassonografia para diagnosticar a esteatose hepática, mas a acurácia tende a ser menor”, explica o especialista.
De acordo com o Dr. Abdalla, quando diagnosticada precocemente, a síndrome metabólica e a esteatose hepática podem ser revertidas com mudanças comportamentais. “O aumento da atividade física e a perda de peso são as melhores formas de tratamento. Dependendo do estágio, podem ser necessários medicamentos que ajudam a baixar o açúcar no sangue, a pressão arterial e a gordura no fígado”, conta.
Para acompanhar a evolução do caso, o médico irá definir a frequência da consulta e a periodicidade dos exames laboratoriais e de imagem. “Se não forem diagnosticadas alterações, o check-up pode ser realizado anualmente. Incluir esse cuidado no calendário é fundamental para prevenir e diagnosticar precocemente as doenças que podem causar a síndrome metabólica e a esteatose hepática”, indica o Dr. Abdalla.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.