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Com apoio do Idam, Tapauá comemora manejo do pirarucu e faz acordo de pesca em outras comunidades

Cinco anos depois da implementação do Manejo do Pirarucu, Tapauá comemora o sucesso do Acordo de Pesca, feito em 2016.


Agora, em 2022, a equipe técnica do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) prepara a implantação do ordenamento pesqueiro em outras duas grandes áreas (Castanheirinha e São Sebastião), que já apresentam acentuada pressão antrópica nas populações de peixes, com estoques quase esgotados.
A engenheira de pesca do Idam, Larissa França, coordenadora das atividades, explica que o controle do que é retirado da natureza, mesmo que artesanalmente, precisa ser feito o quanto antes, a fim de evitar situações extremas, como em Tapauá.

“Em 2016, as comunidades Castanheirinha e São Sebastião não aderiram ao Acordo de Pesca. A comunidade Samaúma aderiu e controlou os recursos que possui, evoluiu e hoje já tem o manejo do pirarucu que também garante renda para os moradores da região. Um exemplo de sucesso”, enfatiza Larissa.
Cleudimara Roque de Souza tem 35 anos, nasceu e vive na comunidade Castanheirinha. Diariamente sofre para conseguir os peixes que garantem a alimentação dos filhos.
“Hoje para pegar um peixe é muito difícil, e quando pegamos são peixes pequenos demais. Esse acordo de pesca é um sonho, uma realização. Colocar regras para pescar e dar tempo para a natureza se recuperar. Estou muito esperançosa de que tudo volte a ser como era há 20 anos”, disse.
Aos 63 anos e morando há 40 anos em Tapauá, Francisco Chagas dos Reis é agricultor familiar e pescador artesanal. Quase que diariamente ele está nos rios e lagos da região em busca do peixe para garantir a proteína na alimentação. Muitas vezes a volta para casa é sem peixe, devido a pesca predatória.
“Pescam mais do que precisam, pescam peixes pequenos, jogam veneno na água. Os peixes estão a cada dia mais raros”, afirma Francisco
O trabalho dos técnicos do Idam consiste em identificar, mapear e monitorar as espécies e todas as atividades voltadas à pesca. “É uma ação ampla, que exige comprometimento de todos, mas com resultados garantidos. Como estamos vendo na comunidade Samaúma. Se houver esse compromisso, o futuro de muitas espécies está garantido”, completou Larissa França.
A agricultora e pescadora Ana Costa, de 48 anos, garante que vai ser uma fiscal do acordo de pesca. Quando jovem, ela sonhava em morar num local onde eu pudesse trabalhar e sustentar a família, e por isso decidi morar em São Sebastião.

“Eu pensava que tudo isso tinha acabado, pois quase não tem peixe em alguns lagos de Tapauá por causa do descontrole e pesca predatória. Mas com a presença da equipe do Idam, podemos sonhar novamente com os lagos cheios de peixes. Queremos que esse acordo seja realidade”, finaliza.

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