Em 45 dias, pré-candidata do PDT para o governo do Amazonas praticamente dobra porcentagem de intenção de votos
A mais recente pesquisa de intenção de votos para o governo do Amazonas surpreendeu quem imaginava que apenas os já conhecidos nomes da política amazonense teriam chances de se eleger no pleito de 2022. Pré-candidata ao governo do Amazonas pelo PDT, a única candidata mulher das eleições para o estado neste ano, a ex-juíza e defensora pública Carol Braz pulou de 3% para cerca 6%. Na pesquisa, Carol também figura com a menor rejeição entre os pré-candidatos ao governo do Amazonas.
A evolução demonstra tendência de crescimento da pré-candidata. De acordo com o levantamento do Instituto Pontual de Pesquisa, divulgado no dia 24 e março deste ano, Carol possuía 3,6% das intenções de votos. Menos de 45 dias depois, no dia 10 de maio, pesquisa do Instituto Diário já apontava o dobro das intenções de voto para a defensora pública, que então aparece com 5,98% dos votos pretendidos pelo eleitor no Amazonas, um incremento de quase 100% nas intenções de voto da pré-candidata.
O movimento parece encontrar relação com o lançamento da pré-candidatura da pedetista, já que o levantamento foi realizado entre os dias 10 e 23 de março. Com a presença do candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes (PDT-CE), e do pré-candidato ao Senado pelo partido, Luiz Castro (PDT-AM), Carol realizou o lançamento da pré-candidatura na terceira semana de março. Na ocasião, ela criticou os governos que passaram e que nada fizeram para melhorar a vida sofrida dos amazonenses, falou em união entre homens e mulheres, mas defendeu maior participação feminina na vida pública.
“Queremos ganhar, sim, flores, chocolate, mas nós queremos também tomar as decisões, estar nos espaços de poder e estarmos do lado dos homens transformando as vidas das pessoas. Nós somos a mudança de verdade que nosso Estado tanto precisa”, disse Carol, muito aplaudida, na ocasião.
Injeção de ânimo
Animada pela a tendência de crescimento apontada pelas pesquisas, a pré-candidata Carol Braz disse ver como natural a liderança de políticos tradicionais neste momento da pré-campanha, mas acredita que o seu crescimento representa um desejo mais amplo de mudança por parte do eleitor amazonense.
“Como a campanha ainda não começou, eu vejo como natural que os nomes mais conhecidos, de políticos que já foram govenadores, prefeitos, deputados, estarem por enquanto na frente, mas também (isso) está dando o recado de que a população está querendo mudança. O meu crescimento mostra que as pessoas realmente estão querendo apostar em uma pessoa diferente”, disse Carol, que se coloca como “antagonista” da política tradicional. “isso me traz muita responsabilidade”, acrescenta.
Carol diz ainda acreditar que a “hora da verdade” será o momento dos debates entre os candidatos, para os quais ela diz estar preparada e ansiosa.
“Os números mostram que por onde passamos as pessoas estão aderindo ao nosso projeto de mudança. Estou ansiosa, aguardando os debates para que a população possa conhecer profundamente as nossas a propostas”, disse Carol. “Os políticos tradicionais já tiveram oportunidade de fazer e deixaram o estado nessa pobreza”, criticou.
Menor rejeição
A pesquisa do Instituto Diário também mostra a pré-candidata ao governo do Amazonas com a menor rejeição entre os seis candidatos presentes na pesquisa, apenas 2,7%. A maior rejeição é a do atual governador, Wilson Lima (UB), com 31,1% dos eleitores afirmando que não votariam no pré-candidato. Eduardo Braga (MDB) é rejeitado por 18,3% dos eleitores e Amazonino por 12,6%. Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Marcelo Amil (PSOL) possuem 4,8% e 5,7%, respectivamente, de rejeição.