DA REDAÇÃO BLITZ AMAZÔNICO
Uma mãe totalmente abalada após ser surpreendida com a informação da morte da sua filha, não conseguiu conter sua revolta e quebrou a vidraça do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost, localizado no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus.
O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (8), momentos após ter sido comunicada do óbito da pequena Safira Eloá Monteiro da Silva, de 1 ano e 6 meses.
O desespero dessa mãe com mais um descaso na área da saúde no Estado do Amazonas foi registrado por testemunhas que estavam no local. Nas imagens é possível ver a revolta dessa mãe que aos berros grita que a filha chegou bem no local. Após quebrar as vidraças da unidade de saúde, funcionários da unidade de saúde que estavam de plantão tentam acalmar a mulher inconformada com a morte de sua filha.
O PORTAL BLITZ AMAZÔNICO obteve informações com exclusividade de um funcionário que trabalha na unidade de saúde e que para evitar represálias preferiu preservar sua identidade.
Segundo informações dessa funcionária não tem material para nada, falta tudo na unidade do Chapot Prevost e o mais grave, tem dois pediatras que trabalham na unidade sem condições físicas e psicológicas de exercer suas atividades. Na ausência de médico de plantão, a servidora revelou que esses pediatras fazem o atendimento de todo mundo, inclusive dos pacientes internados.
Procurado para falar sobre o caso, a direção do Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost informou que após ter sido realizado a nebulização e ministrado medicação, a criança não reagiu e não foi constatado evolução da saturação. Diante desse quadro clínico da paciente, foi decidido pela intubação, o que não teria sido autorizado pela mãe. Diante dessa decisão, a equipe médica optou por ministrar outras medicações para estabilizar a paciente, porém não houve melhoria do seu estado de saúde.
Apesar do clima de oba, oba do período eleitoral e o pacote de “bondades” que o Governador Wilson Lima (União Brasil) vem concedendo em diversos setores produtivos do Estado, a população não esqueceu do drama vivido durante a pandemia da Covid-19 que ainda não acabou.
Será que a população amazonense vai voltar a sofrer com o descaso na saúde pública? Vale destacar que desde o início da pandemia, foram registrados 582.744 casos e 14.174 óbitos causados pela doença em todo o estado.
Até quando Governador Wilson Lima o povo do Amazonas vai sofrer nos postos de saúde e perder seus entes queridos como essa mãe no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost?
Mais um sonho interrompido por negligencia na saúde do Amazonas, até quando as pessoas vão precisar morrer por falta de cuidados?
Quais planos os pais de Safira Eloá almejam?
O sonhava essa criança que teve os seus sonhos estagnados?
O povo do Amazonas merece respeito, povo sofrido, batalhador e muito guerreiro, é hora de MUDAR!
O poder EMANA do povo, (ou seja, o povo coloca; o povo tira)
Como deve estar o psicológico dos pais de Safira Eloá?
Será que os pais da pequena Eloá receberam amparos?
Confira a nota na íntegra:
A direção do Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost esclarece que a paciente, de um ano e seis meses, deu entrada na emergência da unidade com relatos de tosse, coriza e falta de ar há duas semanas, diagnosticada no primeiro atendimento médico com bronquiolite e saturação 85%.
Após nebulização e medicação, a criança não apresentou melhora da saturação e foi informada a necessidade de intubação, o que foi negado pela mãe da paciente. Com a negativa da mãe, os médicos realizaram novas medicações para estabilizar a paciente, porém sem sucesso.
Em nova tentativa, os médicos conseguiram a autorização da mãe para intubação na paciente que já apresentava saturação de 69% e quadro grave de saúde. Após a intubação a paciente teve uma parada cardíaca e mesmo com 12 manobras de reanimação a criança não resistiu, vindo a óbito.
Com a confirmação do óbito, a mãe tentou agredir a equipe médica e de enfermagem e com a ajuda de outra filha iniciaram a depredação da recepção da unidade. A situação foi controlada com a chegada da polícia.
A direção ressalta que todas as manobras de reanimação e procedimentos foram feitas para salvar a vida da criança, mas que diante do caso grave de saúde não foi possível.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) lamenta a morte da paciente e se solidariza com a dor da família.