Poder Legislativo Municipal pede apuração urgente e punição dos responsáveis que agiram sem ordem judicial
A Câmara Municipal de Borba enviou ofício para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), neste domingo, 14, comunicando fatos graves, que podem configurar crimes como abuso de autoridade, cometido por agentes de segurança da Companhia Independente de Borba e do 2º Batalhão de Choque/Rocam.
Na última quinta-feira, 11, os policiais invadiram a casa do vereador Geremias da Cruz da Silva, no município de Borba. O fato ocorreu por volta das 10h. Os agentes entraram na residência sem ordem judicial, portando armas de grosso calibre e usando balaclava (touca preta que cobre o rosto) para omitir a identidade. No momento da abordagem, o vereador estava ausente do município. Apenas os filhos menores se encontravam no local. Mesmo sem a presença de adulto, eles foram interrogados pelos policiais sobre o paradeiro do pai, o vereador Geremias.
A ação policial intimidadora e ilegal foi presenciada pela população que transitava no local assim como pelos vizinhos, que fizeram fotos e vídeos. O vereador Geremias registrou o Boletim de Ocorrência da operação ilegal com as respectivas provas.
O presidente da Câmara de Borba, Miguel Lima da Silva, em apoio ao vereador, expediu ofício de denúncia e solicitação de apuração urgente sobre o fato ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino de Castro e Costa; ao Procurador-Geral de Justiça do Amazonas, Alberto Rodrigues do Nascimento Junior; ao Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida; ao Procurador-Chefe da Procuradoria da República no Amazonas, Rafael da Silva Rocha e ao Corregedor-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, Cel. PM Franciney Bó.
Ao final do ofício, o presidente da Câmara solicita um posicionamento das autoridades para as quais foi enviado o documento. “Se requer em CARÁTER DE URGÊNCIA, a imediata apuração dos fatos com a devida punição dos responsáveis nos termos da legislação vigente”, requereu Miguel Lima da Silva.