A Academia de Literatura, Arte e Cultura da Amazônia (Alaca) realiza na próxima sexta-feira (18), a cerimônia de encerramento das atividades institucionais em 2022.
Na ocasião, os patronos das mais de cem cadeiras farão o balanço das iniciativas desenvolvidas durante 2022. Além disso, a reunião marcará a diplomação de vinte novos membros da Alaca. O evento será fechado para convidados e membros.
Com o intuito de difundir e valorizar a participação das artes na sociedade amazônica, a Alaca propõe aos membros integrantes o incentivo a eventos nos setores cultural, linguístico e literário. De acordo com o idealizador da Academia, o jornalista e comunicador Rômulo Sena, a escolha dos intelectuais preza pelo sentimento de mudanças que essas pessoas vislumbram no setor cultural.
“A Alaca trabalha com seus associados em projetos culturais para que nossa arte e cultura sejam vistas pelo mundo. A Academia surgiu da ideia da ‘Casa do Escritor’, desenvolvida durante o período inicial de pandemia. A Casa agregou muitos escritores e pessoas ligadas a arte, e a Alaca surgiu no intuito de dar sustentabilidade a essas ideias e projetos em curso”, contextualiza.
Sem o uso de verbas públicas ou cobrança de mensalidades aos associados, a Alaca desenvolveu iniciativas culturais no Amazonas e em Roraima. Desde o início das atividades, em agosto deste ano, a Academia realizou eventos voltados ao ramo literário, como a Noite do Escritor. Segundo Rômulo, novos projetos já estão em curso para desenvolvimento em 2023.
“A Alaca se propõe a fazer grandes eventos na área da cultura, e já realizamos a Feira do Livro, o I Congresso de Arte e Cultura em Roraima, palestras e exposições. Estamos na fase de organização da nossa primeira Bienal em 2023”, menciona.
Jornalista é a nova integrante da Alaca
Na lista de personalidades que participarão da solenidade de posse na Alaca está a jornalista Cristina Monte.
Há cerca de 20 anos, Cristina atua na comunicação regional e dá voz aos empreendedores regionais em seus sites e em uma coluna semanal no Jornal do Commercio, a ‘Mais Negócio$’.
De acordo com a comunicadora, a indicação para uma cadeira na Alaca é uma honra, e ela descreve como será sua atuação na Academia:
“Receber esse convite é uma responsabilidade devido à grandeza da iniciativa que é contribuir para a preservação da riquíssima cultura local. Além do reconhecimento da nossa cultura, pretendo cooperar na área da Comunicação, participar das discussões e eventos que objetivam divulgar o patrimônio e iniciativas culturais”, disse.
Além da comunicação na imprensa, Cristina é escritora. Em sua obra “A Amazônia Sustentável e o Ecossistema Empreendedor”, a autora valoriza o desenvolvimento socioeconômico baseado no uso sustentável dos recursos da floresta amazônica. Em 17 capítulos, o livro aborda mais de cem relatos de empreendedores regionais e organizações que atuam na Amazônia Legal. O livro, que possui edição bilíngue em língua inglesa, é um dos cinco finalistas da 64ª edição do Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria ‘Economia Criativa’.
De acordo com a escritora, a premiação reconhece a qualidade de obras que são importantes para a sociedade. Para ela, a menção de seu livro entre os finalistas do Jabuti colabora para divulgar a região amazônica para o Brasil e para o mundo.
“Entendo que o livro contribui para disseminar muitas das iniciativas que estão em curso na Amazônia. Acredito que a obra possa atrair recursos internacionais e mostrar o que fazemos por aqui. Desenvolver nova matriz econômica baseada em bioeconomia, de modo a gerar recursos para as populações locais e os estados que compõem a Amazônia legal”, finaliza.