Parlamentar informou que com a rodovia recuperada, a população da região poderá trabalhar de forma sustentável
Ao integrar a primeira reunião do Grupo de Trabalho da BR-319, ocorrida ontem (22/11), no Ministério dos Transportes, em Brasília (DF), o senador Eduardo Braga (MDB) reiterou que o encontro “reacendeu a esperança” para a pavimentação do “trecho do meio” da rodovia que liga Manaus a Porto Velho (RO). A reunião foi coordenada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, e contou, ainda, com a participação de autoridades do Amazonas e de todos os Estados interligados pela estrada na Amazônia Legal.
“A BR-319 é fundamental para acelerar o desenvolvimento sustentável daquela população ao longo da rodovia”, disse o senador, destacando a importância da celeridade das decisões executivas para iniciar as obras nas pontes danificadas e trechos de alagamento em cerca de 400 quilômetros da rodovia, conhecido como trecho do meio.
De acordo com o parlamentar, uma licença prévia, que está em vigor, já permitiria que o Ministério estivesse executando as obras das cinco pontes que se encontram em situação crítica e fazendo as principais drenagens ao longo da estrada. “Mas estão pendentes os projetos executivos, que o Ministério se comprometeu a acelerar para que, na próxima janela de verão, comecem essas obras. Há trechos que há atoleiros de até um metro e meio e a necessidade das pontes de concreto é urgente”.
Regularização fundiária
Eduardo Braga reiterou, ainda, que com a rodovia totalmente recuperada, a população daquela região terá a possibilidade de trabalhar de forma sustentável, com uma política ambiental de conservação que permita o desenvolvimento da região.
Nos estudos do GT, o senador justificou ser imprescindível que se fale sobre a questão da regularização fundiária da região. “É muito importante falar da regularização fundiária, abordada com projeto do senador Confúcio (Moura), que é uma das grandes dívidas socioambientais da Amazônia. O projeto permitirá o manejo florestal, e é uma das questões mais importantes para a sustentabilidade da Amazônia”, disse o senador.
“Esses estudos (do GT) não podem ser restritivos. Precisa-se criar alternativas de sustentabilidade que possam dar resposta de redução de desmatamento e que sustente a população que guarda aquela região. Caso contrário, aquela população ao longo da rodovia vai continuar em situação difícil, sujeitas à criminalização de atividades da região, abrindo espaço para o financiamento do narcotráfico para as atividades marginais”, afirmou Braga.
O primeiro encontro foi conduzido pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).