Amazonas – Os casos de covid-19 no Amazonas começaram a cair dois meses depois dos primeiros diagnósticos de Ômicron no Brasil.
No Rio de Janeiro e no Amazonas, as infecções por coronavírus começam a cair, enquanto Acre, Goiás e Rio Grande do Sul mostram certa estabilidade, com altas inferiores a 15% — parâmetro usado em estatísticas internacionais para dimensionar o espalhamento de doenças. Em 22 unidades da federação, porém, houve alta nos registros da última semana em comparação com a anterior.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa. Levantamento compara o total de casos de Covid-19 registrados entre 16 e 22 de janeiro com os números relativos à semana de 23 a 29 de janeiro.
A queda nos casos de Covid começou a ocorrer na semana passada. A mudança no percurso das curvas do Amazonas e também do Rio de Janaeiro aponta para o que se tem visto no mundo: o ápice da Ômicron tem duração curta, de aproximadamente dois meses. Depois do pico, os casos vão diminuindo gradativamente. Os dois estados são portas de entrada de turistas no Brasil, o que pode explicar a disseminação do vírus nessas regiões.
“Nós tivemos momentos diferentes da entrada da Ômicron nos estados. Provavelmente, no Rio e no Amazonas ela entrou primeiro, chegou ao pico e já está na descida. Em outros lugares, não”, afirma Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pós-doutorado em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.
A epidemiologista ressalta, no entanto, que ainda não é hora de baixar a guarda. Como os estados estão em momentos diferentes, o país precisa seguir em alerta. O pico no Brasil deve acontecer por volta da segunda semana de fevereiro.
“Temos, portanto, mais duas semanas difíceis pela frente antes do número de casos descer”, diz.
Com informações via O Globo