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Projeto realizado entre prefeitura e Fiocruz Amazônia investiga saúde indígena em contexto urbano

Os resultados do projeto “Manaós: saúde da população indígena em contexto urbano”, resultante da parceria entre a Prefeitura de Manaus e o Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), foi apresentado nesta terça-feira, 19/4, Dia do Índio, na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em Adrianópolis, zona Centro-Sul. Realizada ao longo de 12 meses, a iniciativa, que recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde, teve a proposta de investigar a situação de indígenas não aldeados que residem na comunidade Parque das Tribos, no bairro Tarumã-Açu, zona Oeste.
Os resultados do projeto, que além do levantamento de dados sobre o perfil epidemiológico, contemplou aspectos socioeconômicos e demográficos, oficinas para orientar sobre a rede de saúde, webinários, formação de lideranças, agentes de saúde e atividades realizadas de forma interdisciplinar com organizações ligadas às causas indígenas, permitem uma visão ampla das demandas dos indígenas que vivem na comunidade, que reúne 35 etnias.

Para o secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, os resultados do projeto mostram o quanto as parcerias são positivas para orientar o fortalecimento de políticas direcionadas aos indígenas.
“Essa parceria com a Fiocruz Amazônia, uma instituição centenária que realiza pesquisas fundamentais para o país, é muito importante para que possamos orientar as políticas públicas às populações indígenas não aldeadas. É um trabalho que tem o objetivo de facilitar o acesso dos indígenas aos serviços de saúde e por isso tem o nosso apoio. E nesse sentido, esse trabalho vai balizar a construção da unidade de saúde adequada à cultura indígena que a prefeitura vai entregar a essa comunidade”, ressaltou.
O pesquisador da Fiocruz Amazônia, Rodrigo Tobias de Sousa Lima, que coordenou o projeto Manaós, destacou que a parceria com a Semsa foi fundamental para o desenvolvimento de um conjunto de ações para estimular a autonomia da comunidade acerca dos direitos às políticas públicas.
“A Semsa participou da constituição do projeto, e demais etapas, e uma vez que foi aprovado com o financiamento do Ministério da Saúde, foi desenvolvida uma série de ações no âmbito da atenção básica com as lideranças indígenas e para a população da comunidade Parque das Tribos. Foi um apoio muito importante para que os participantes compreendessem o sistema de saúde e como podem acessá-lo”, frisou.
Os guias práticos “Saberes tradicionais nas práticas do cotidiano” e o “O SUS nosso de cada dia”, que têm a proposta de valorizar os conhecimentos tradicionais e orientar acerca da oferta de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), respectivamente, também foram frutos do projeto e estarão disponíveis na forma de e-book em breve.
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Texto – Tânia Brandão/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa

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