Entre os dias 27 e 30 de abril foram iniciados os trabalhos de identificação, mapeamento e monitoramento das atividades pesqueiras pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), com a parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e associação de pescadores locais de Novo Aripuanã (a 227 quilômetros de Manaus).
O objetivo é direcionar esforços para o ordenamento pesqueiro, a fim de regrar o setor e preservar a biodiversidade.
Segundo a engenheira de pesca da Gerência de Apoio à Aquicultura (Geap/Idam), Larissa França, foram aplicados questionários junto aos pescadores para identificar os principais pontos e períodos das atividades.
“Aplicamos os questionários, recolhemos documentação e vamos providenciar o Cartão do Produtor Primário a quem tem direito, pois com isso eles terão diversos benefícios, como acesso aos financiamentos junto à Afeam e Banco da Amazônia, por exemplo”, explicou.
Ainda conforme Larissa, as atividades pesqueiras são intensas na região, sendo que a pesca esportiva atende um público especial, que vai ao município e injeta recursos pelo turismo. Já a pesca artesanal serve de subsistência de muitas famílias que vivem da agricultura familiar, e há ainda a pesca comercial, forte e profissionalizada.
“É o correto a ser feito por todos os municípios. Se não fizermos esse esforço, as espécies poderão ser dizimadas. Os pescadores de Novo Aripuanã estão de parabéns por se preocuparem com isso, por terem essa consciência”, elogia.
Um dos pescadores que participaram dos trabalhos coordenados por Idam e Sema foi Lourival Vieira. Ele é agricultor e quer investir na pesca, mas para isso precisa adquirir os materiais necessários para a atividade, como redes, canoa, motor e está confiante nas políticas públicas voltadas à pesca.
“Estamos fazendo tudo como precisa ser feito para termos acesso a essas possibilidades. Nunca fizeram isso e esperamos que esse trabalho traga resultados o quanto antes”, finaliza Lourival.