Com 12.206 casos e 360 mortos, Parintins é o segundo município do interior do Amazonas com o maior índice de letalidade pela pandemia de Covid-19, com 2,95%, acima da média do Estado, que é de 2,33%, de acordo com o Boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do último dia 14/08.
A taxa de letalidade ou coeficiente de letalidade é a proporção entre o número de mortes por uma doença e o número total de doentes.
Em Parintins, que só perde para Manacapuru, com índice de 3,33%, houve casos de famílias em que até 9 pessoas morreram em consequência da Covid-19, como no caso da do servidor público Jandimar Almada, de 69 anos, uma das vítimas. Ele foi o nono na família, vítima mortal da doença. As mortes na família Almada viraram notícia no Amazonas e no Brasil. Os familiares perderam a matriarca, Jandimar Almada, aos 95 anos, cinco filhos/irmãos, uma neta e um genro.
As histórias de vida de 100 parintinenses vítimas da Covid-19 compõem a obra literária “Gente que partiu pra ficar – Memorial Covid Parintins”, projeto idealizado pela professora Chiara Reis, que iniciou como uma página virtual no Facebook criada no dia 24 de março de 2021, quase um ano após o início da pandemia, para receber histórias e homenagens escritas por parentes, familiares e amigos dos entes queridos.
Phelipe Reis, um dos organizadores, disse que o livro “oi um trabalho muito árduo e cansativo e ao mesmo tempo incrível pela oportunidade de conhecer as histórias dessas pessoas e o legado que elas deixaram na educação, cultura e, principalmente, o legado afetivo para seus amigos e familiares.
A primeira vítima da covid no estado do Amazonas foi um parintinense, o empresário Geraldo Sávio da Silva, que faleceu no dia 20 de março de 2020, em Manaus, 13 dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a pandemia do novo coronavírus.