A sessão desta terça-feira, (30/9), na Câmara Municipal de Manaus se transformou em um verdadeiro espetáculo de rivalidade interna entre parlamentares, evidenciando uma direita dilacerada. Os vereadores Coronel Rosses (PL) e Rodrigo Sá (PL) protagonizaram um bate-boca que chamou atenção pelo tom inflamado e pela intensidade da defesa pessoal.
O conflito começou quando Coronel Rosses criticou colegas da Polícia Civil, acusando-os de se afastarem das operações de campo e limitarem suas atividades a gabinetes políticos. Rodrigo Sá, delegado com 23 anos de carreira, reagiu imediatamente, entendendo a fala como um ataque direto à sua trajetória profissional.
Em tom contundente, Sá afirmou: “Lave sua boca para falar da minha história”, reforçando que sua trajetória esteve sempre ligada à linha de frente da segurança pública e que não aceitaria que sua dedicação fosse questionada.
Embora ambos integrem o mesmo partido, a disputa expôs fissuras claras dentro da direita local. O embate entre “quem atuou na ponta” e “quem ficou no gabinete” revela não apenas divergências pessoais, mas também a dificuldade do grupo em apresentar unidade em questões estratégicas de segurança pública.
Mais que um desentendimento pessoal
O episódio evidencia um problema recorrente: a disputa por protagonismo em detrimento de propostas concretas. Enquanto a população cobra soluções reais para os desafios de Manaus, vereadores aliados se concentram em ataques retóricos e disputas de narrativa.
Nas redes sociais, o episódio ganhou repercussão justamente pelo tom acalorado e pelas acusações diretas, reforçando a percepção de uma direita fragmentada e mais preocupada com egos do que com resultados.
Crítica
A sessão poderia ter sido uma oportunidade de debate sério sobre políticas de segurança, estratégias de policiamento e proteção à população. No entanto, transformou-se em um cenário de vaidades e ataques pessoais, deixando claro que a falta de coesão dentro da própria direita compromete a efetividade de qualquer ação política na cidade.
O que ficou para os cidadãos de Manaus não foram propostas nem soluções, mas o espetáculo de uma direita dilacerada que discute mais quem tem mais legitimidade do que como proteger a população.
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