DA REDAÇÃO BLITZ AMAZÔNICO
Pela terceira vez o Mais Querido levantou a taça da principal competição sul-americana e se junta ao seleto grupo de equipes brasileiras a conquistar a América por três vezes, assim como fez São Paulo, Santos, Grêmio e Palmeiras.
Cercado por grande expectativa e o que o consagrado técnico Luiz Felipe Scolari poderia fazer para parar esse Flamengo de Dorival Júnior, o duelo foi marcado pelo nervosismo e poucas chances reais de gol para ambas as equipes. O Furacão adotou a estratégia de realizar uma marcação individual, mas a expulsão correta de Pedro Henrique mudou o panorama da partida.
EMOÇÃO MESMO SOMENTE NO PRIMEIRO TEMPO
Longe de ser um grande jogo digna de uma final, Flamengo e Athletico protagonizaram um duelo burocrático e de forte marcação. O time de Felipão jogava nitidamente por uma bola, enquanto o Malvadão rodava a bola na tentativa de encontrar um espaço na retranca adversária.
Mesmo atuando de maneira defensiva, o Athletico teve duas grandes chances de abrir o marcador, em chute cruzado de Vitinho em falha de David Luiz e depois Alex Santana quase surpreende o goleiro Santo com um voleio de dentro da área.
Aos 27 minutos, Pedro Henrique, que fazia uma marcação individual em Pedro, acertou um chute por trás em Gabigol sendo punido com cartão amarelo. Nesse momento da partida, Filipe Luís, machucado, pediu para ser substituído e na sua vaga entrou o lateral Ayrton Lucas.
E foi em uma dessas investidas que o jovem lateral deu um tapa na frente, Pedro Henrique teve dificuldades para acompanhar e mesmo tocando primeiro na bola, chegou com uma força excessiva atingindo o jogador do Flamengo. O árbitro argentino Patrício Loustau (ARG) não teve dúvidas e aplicou cartão amarelo ao zagueiro, o segundo dele, culminando com sua expulsão aos 42 minutos.
Nos minutos finais veio o grande momento da final, Rodinei e Evérton Ribeiro envolveram bem seus marcadores e num cruzamento milimétrico para Gabigol, o ídolo rubro negro estufou as redes do goleiro Bento para a explosão de alegria da Nação Rubro Negra espalhados pelos quatro cantos do país.
Com a diferença numérica no placar e dentro das quatro linhas, só restou aos paranaenses tentar sair para o ataque na etapa complementar, mas foram facilmente anulados pelo setor defensivo do Malvadão.
SEGUNDO TEMPO MORNO
Com a vantagem no marcador, o Flamengo voltou mais tranquilo na segunda etapa e esperava pela investida do Athletico que acabou não acontecendo. Felipão teve que recompor a equipe e promoveu algumas mudanças na equipe. O zagueiro Matheus Felipe entrou no lugar de Alex Santana, depois Canobbio (saiu Vitor Bueno), Rômulo (Vitinho) e ainda Pablo na vaga de Vitor Roque.
O Furacão extremamente contido na partida somente levou perigo com a entrada de Terans. O uruguaio foi parado algumas vezes com falta na entrada da área e quase conseguiu surpreender o goleiro Santos. Na primeira, o goleiro do Mengão deu rebote e Canobbio se jogou, tentando cavar pênalti. Na segunda, cobrou falta no ângulo, mas o paredão da Gávea encaixou com segurança.
BRILHOU MAIS UMA VEZ A ESTRELA DE GABIGOL
Maior ídolo do Flamengo depois de Zico, o artilheiro já marcou 29 gols em disputa da Libertadores da América. Três anos depois de fazer dois na virada contra o River Plate, em Lima, Gabigol marcou nos acréscimos da primeira etapa e decidiu a final contra o Athletico e entra para a história do clube.
CAMISA 10 DO MENGÃO
Com a provável saída do capitão Diego Ribas, a camisa 10, eternizada por Zico, vai precisar de um novo protagonista. Gabigol revelou que irá ligar para o Galinho para pedir permissão caso o número histórico seja oferecido.
“Na verdade, teve essa história. Quando eu cheguei no Flamengo eu já ia usar a 10, mas o Diego acabou ficando e depois continuou usando. A 10 do Flamengo você não se nega, é claro que vou aceitar. Mas antes vou ligar para o Zico e ver se posso usar. Se ele liberar, com todo prazer do mundo, eu vou usar a 10”, disse.
“Eu sei que esses momentos me perseguem, como eu costumo brincar. Tenho certeza que Deus escuta minhas orações. Então, creio eu que a graça dele tem me abençoado. Nesses momentos ele sempre me abençoa.
Gabigol comenta sobre ser predestinado e sobre usar a 10 do Flamengo”, completou.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 0 ATHLETICO-PR
Local: Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guaiaquil (EQU)
Data: 29 de outubro de 2022, sábado
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Patrício Loustau (ARG)
Assistentes: Diego Bonfa (ARG) e Ezequiel Brailovsky (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Gols: Gabigol, aos 49 do 1ºT (Flamengo)
Cartões amarelos: Pedro Henrique (2), Alex Santana, Rômulo (Athletico-PR); Arrascaeta, Vidal (Flamengo)
Cartão vermelho: Pedro Henrique (Athletico-PR)
FLAMENGO: Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís (Ayrton Lucas); Thiago Maia (Vidal), João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Victor Hugo); Gabigol (Everton Cebolinha) e Pedro.
Técnico: Dorival Jr.
ATHLETICO-PR: Bento; Khellven, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Fernandinho, Hugo Moura (Terans) e Alex Santana (Matheus Felipe); Vitor Bueno (Canobbio), Vitinho (Rômulo) e Vitor Roque (Pablo).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Flamengo 1 x 0 Athlético-PR | Melhores Momentos [COMPLETO] | Libertadores 2022
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo
