O ato sexual entre animais do mesmo sexo tem sido observado em um vasto espectro da vida animal, abrangendo mais de 1.500 espécies. Esta ocorrência é notada em todos os principais grupos de vertebrados, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Uma nova pesquisa realizada na Espanha revela um novo motivo para a ocorrência.
Surpreendentemente, a prática não se limita aos vertebrados, estendendo-se também aos principais grupos de invertebrados, como insetos, aranhas, equinodermos (como estrelas-do-mar) e nematóides, que são minúsculos vermes parasitas.
O acasalamento entre indivíduos do mesmo sexo é particularmente comum em primatas não-humanos, abrangendo pelo menos 51 espécies, incluindo lêmures e macacos.
Diversas teorias têm sido propostas ao longo dos anos para explicar por que os animais se engajam em comportamentos sexuais entre indivíduos do mesmo sexo. Essas teorias revelam que a causa pode ser por identificação errônea de parceiros, disponibilidade limitada e frustração sexual.
No entanto, uma pesquisa conduzida por pesquisadores sediados na Espanha lança uma nova luz sobre o fenômeno. A revisão de estudos liderada por José Gómez sugere que esse comportamento tem raízes mais profundas e significativas, frequentemente emergindo de forma independente.
Ao rastrear a evolução do comportamento sexual entre indivíduos do mesmo sexo em mamíferos, a equipe identificou uma tendência: o fenômeno era mais provável de evoluir em espécies sociais. Esta tendência foi observada em bonobos, chimpanzés, carneiros selvagens, leões e lobos, levando os pesquisadores a postularem que o comportamento desempenha um papel fundamental na criação e manutenção de relações sociais positivas nessas espécies.Ou seja, uma forma de “manter a paz” entre integrantes de um grupo.
*O Tempo, com informações de Metro UK