Com o projeto “Libertar-te: liberdade através da arte da leitura”, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) encerra o ano de 2024 com mais um reconhecimento nacional, desta vez, por meio do ‘Prêmio Prioridade Absoluta’, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cerimônia de premiação foi realizada nesta quarta-feira (18), em Brasília.
Além do reconhecimento, a iniciativa visa disseminar ações, projetos ou programas inovadores e eficazes voltados para a promoção, valorização e respeito quanto ao direito das crianças e adolescentes com absoluta prioridade.
“A Defensoria do Amazonas já está no radar nacional e, mais uma vez, vamos celebrar. Incentivamos cada vez mais os nossos defensores, defensoras e os nossos servidores a realizarem trabalhos que gerem positivas mudanças para a sociedade. Este, por exemplo, é um projeto humanizado, conduzido por uma assistente social e uma psicóloga, sob a supervisão de um defensor e merecidamente reconhecido. Não tinha outra forma de fechar o ano comemorando um prêmio nacional desse porte”, comemorou o Defensor Geral Público, Rafael Barbosa.
Coletividade que dá certo
A psicóloga Mayara Feitoza e a assistente social Silviane Campos, que atuam no Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) receberam o prêmio, reforçando a importância do trabalho coletivo.
“Este é um ponto importante, pois o nosso trabalho tem uma natureza diferente de um defensor público, mas nós complementamos, trabalhamos ali em conjunto e podemos trazer para a sociedade um diferencial que eu acredito que não tenha nos outros equipamentos do sistema judiciário. Essa questão da humanização, esse olhar mesmo para o cidadão, dentro das suas especificidades. Momentos assim nos motivam. É o retorno de que estamos fazendo o certo”, observa Silviane.
“Libertar-te”
Formulado em 2019, o projeto ‘Libertar-te’ visa, dentre seus diversos objetivos que tem a arte como instrumento de resgate, incentivar também o hábito da leitura. A atividade circula em todos os centros socioeducativos da cidade de Manaus.
As atividades são propostas de modo que haja a participação voluntária dos adolescentes, fomentando debates, reflexões e vínculos. Ao longo do ano, pelo menos 12 livros de temas diversos, escolhidos pelos socioeducandos e que passam pelo crivo da equipe, são fornecidos para que eles realizem a leitura entre si.
“A gente quer que, através da leitura, esses adolescentes vejam que é possível um mundo fora dali. Recebemos esse prêmio e ressaltamos que a força da educação é, muitas vezes, esquecida. Um reconhecimento do CNJ de um projeto da Defensoria é muito importante, pois nos dá um gás para novos projetos em 2025 e para que continuemos atuando dessa forma”, comenta a defensora pública e idealizadora do projeto, Juliana Lopes.
Foto: Allan Leão