A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria de Educação Municipal (SEMED), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), iniciou nesta segunda-feira, 22/4, a capacitação de facilitadores da metodologia em “Justiça Restaurativa”. O curso é direcionado para pedagogos, professores e administrativos de escolas da rede municipal de ensino e acontecerá na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), localizado no bairro Parque Dez, zona Centro-Sul.
O objetivo da capacitação é oferecer subsídios aos profissionais da rede municipal para aplicarem práticas de Justiça Restaurativa no ambiente escolar, envolvendo toda a comunidade, famílias, alunos e as pessoas que trabalham no espaço, garantindo uma inserção social mais solidária e cidadã. Além da resolução de conflitos, a Justiça Restaurativa pode ajudar os estudantes a ter mais empatia e a redescobrir a autoestima, melhorando suas relações interpessoais.
Durante a solenidade de abertura, a secretária municipal de educação, Dulce Almeida, pediu aos profissionais da Semed para multiplicarem o que aprenderem com outros colegas e, assim, tornar o ambiente escolar em Manaus mais fraterno.
“Multipliquem isso o máximo que vocês puderem, levem essas informações aos nossos outros colegas e as famílias dos nossos alunos para que a gente diminuir os problemas que enfrentamos diariamente na nossa sociedade e nas escolas”, frisou a secretária.
Na oportunidade, o coordenador da Central de Justiça Restaurativa do TJAM, juiz Luís Cláudio Chaves, salientou que a ideia do Tribunal é formar grupos de multiplicadores da Justiça Interativa a partir desta capacitação.
“A ideia deste projeto não é fazer uma intervenção nas escolas, mas formar equipes que são indicadas pela Semed, e depois estas próprias equipes vão fazer as ações dentro da secretaria. Ou seja, o que queremos é formar grupos de multiplicadores deste trabalho do TJAM na rede municipal de ensino, de forma mais abrangente, a partir deste grupo de facilitadores que vão participar desta capacitação”, frisou o juiz.
O curso será dividido em dois módulos. O primeiro será 22 a 29 de abril, com discussão de temas teóricos. O segundo, no período de 7 a 17 de maio, onde acontecerá a parte prática.
Na Semed o projeto justiça restaurativa é coordenado pelo Núcleo de Parcerias Institucionais (NUPI), ligado a Divisão de Apoio à Gestão Escolar (Dage) da rede municipal de ensino. Segundo o coordenador do Nupi, Ricardo Simões, essa formação é uma espécie de curso piloto para disseminar a metodologia restaurativa na rede municipal de ensino com 21 servidores facilitadores neste primeiro momento.
“A ideia é capacitar 21 servidores da rede que vão se tornar facilitadores em justiça restaurativa. E o curso compreende uma parte teórica e prática e contém 500 horas de carga horária. Ao final da capacitação os servidores estarão aptos a aplicar a metodologia restaurativa, constituindo a justiça restaurativa nas suas escolas”, explicou Ricardo.
Umas das facilitadoras do curso é a pedagoga da Escola Municipal Maria Lena de Souza Alcântara, Antônia da Costa. “Acho que vai me ajudar muito a gerir algumas situações que acontecem no ambiente escolar, no meu dia-a-dia, então estou muito entusiasmada por esse curso”, afirmou Antônia.
Após a capacitação, os servidores escolhidos estarão qualificados para implementar o método nas unidades de ensino em que trabalham. O NUPI ficará responsável também por fornecer as orientações prévias aos chefes das Divisões Distritais Zonais (DDZ’s), coordenadores pedagógicos e gestores das escolas selecionadas, acompanhando a execução de todo o projeto.
Foto – Eliton Santos / Semed
