Com o tema “Esperança para adiar o fim do mundo”, pais, responsáveis e convidados de alunos da Creche Municipal Magdalena Arce Daou, localizada no bairro Santa Luzia, zona Sul, prestigiaram a “3ª Mostra Galeria de Artes 2025”, da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), nesta sexta-feira, 16/5. A ação faz parte do projeto da creche “A crise climática e as infâncias periféricas: emergenciarte, idealizada desde o ano passado.
O objetivo da mostra é socializar com toda a comunidade escolar e público em geral as produções das crianças envolvidas a literatura, teatro lambe-lambe (uma forma de teatro de animação com apresentações em curta duração, geralmente com 4 a 5 minutos), instalações artísticas e a arte circense, explorando situações ambientais que circundam o espaço da creche em que o projeto está envolto.
A programação contorna as linguagens do teatro lambe-lambe, em colaboração com o grupo de extensão do curso de teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio da professora Gislane Pozzetti. Além disso, teve a literatura infantil amazonense, com a presença das escritoras Leila Plácido e Ana Moreira, trabalho de artes visuais da artista plástica Eliana Chaves e a arte circense do grupo Arte Educados Allegriah.
O resultado do trabalho pedagógico realizado na unidade de ensino elaborado na produção autoral do livro infantil “Rael, o defensor das matas e dos igarapés”. A obra trabalha a temática de inclusão e sustentabilidade e resgate territorial.
De acordo com a diretora da creche, Jucilene Seixas, é fundamental desenvolver uma temática com os pais e responsáveis, pois trata justamente do meio em que eles vivem e que será depois ambiente familiar dos próprios filhos, no futuro.
“A nossa mostra abarca essa agregação, entre família e creche. Trabalhar sobre esse tema de sustentabilidade para a gente engrandece, porque a família está em volta da creche. Hoje, socializar com a comunidade, esse trabalho que esses professores desenvolvidos dentro das salas de referência, para a gente é muito grandioso. A partir desse projeto de sustentabilidade, usamos um tema que caracteriza o melhor para o nosso meio, onde estamos colocados próximo ao igarapé do 40, onde houve muita destruição da floresta. Esse é o nosso meio objetivo, porque a gente ensina a criança a amar a floresta, ou seja, amando tudo o que temos como o nosso verde e o nosso igarapé, com certeza, vamos adiar esse fim do mundo”, comentou.
A feirante Franciane Pinheiro de Souza, 28, mãe do aluno Lion Linconl Pinheiro da Silva, de um ano de idade, fez questão de acompanhar de perto a programação, pois já trabalhou e conhece a importância da reutilização de materiais recicláveis. Para ela, a creche está de parabéns pela iniciativa de realizar uma programação pedagógica nesse sentido.
“Para mim, participar da ação foi muito importante, não só para mim, mas para o meu esposo e meu filho, que ainda é pequeno. Hoje, não pode ser importante o tanto que a gente imagina, mas lá na frente, acredito que seja melhor, porque você está trabalhando com uma reciclagem, com algo que vai ao lixo e ninguém dá valor”, salientou.
A gerente das Creches Municipais, Wissilene Brandão, ressaltou que a secretaria tem esse cuidado de lidar com atividades envolvendo os pais, pois tudo isso vai se refletir no processo de ensino aprendizagem.
“A gente vê a atuação das creches municipais, junto com suas comunidades, ainda mais com um tema muito interessante. Isso está muito articulado com aquilo que a gente trabalha, que é cuidar das crianças para promover o seu desenvolvimento e cuidar da comunidade para que essas crianças estão inseridas numa comunidade de qualidade de vida saudável para promover o coletivo”, citou.
Foto – Eliton Santos / Semed
