Blitz Amazônico
Prefeitura de Manaus

Prefeitura de Manaus amplia rede de diagnóstico para malária na zona urbana

Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), informa que ampliou a oferta do diagnóstico da malária na rede municipal. A primeira etapa do processo foi implementada com a capacitação de equipes de saúde e a inclusão do teste na rotina de atendimentos de um total de 64 unidades das zonas urbana e rural.

Com a ampliação, a zona urbana, que contava com apenas 10 pontos de atendimento passou a contar com 37, incluindo unidades de saúde e Bases de Controle de Endemias. Além disso, a Semsa preparou as equipes de mais três unidades de saúde que estão em reforma (Santos Dumont, Áugias Gadelha e Leonor Brilhante), para também ofertarem os exames após a entrega das obras.

Entre os 37 pontos de atendimento da zona urbana, 19 oferecem o teste rápido para a doença, 22 têm o exame da gota espessa e quatro deles disponibilizam os dois tipos de teste. Na zona rural, o serviço de diagnóstico está disponível em todas as 27 unidades terrestres, fluviais e Bases de Endemias.

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, explica que, por conta das condições de variações climáticas e socioambientais com a transformação constante da floresta, a malária é considerada endêmica em Manaus, não apenas na zona rural, mas também em parte da zona urbana, especialmente em áreas periféricas, onde ocorrem desmatamentos, ocupações desordenadas e que apresentam condições naturais para a proliferação do mosquito transmissor, como os igarapés.

“Além disso, muitas pessoas que moram na zona urbana fazem o deslocamento para áreas rurais do município, para balneários e sítios, onde são contaminados. Os sintomas surgem depois e o usuário do SUS procura uma unidade de saúde na zona urbana. Por isso, a Semsa estabeleceu um plano para ampliar a oferta do diagnóstico, ao mesmo tempo em que reforça a qualificação dos profissionais para o tratamento da doença”, destaca Shádia Fraxe.

De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Viviana Cláudia Almeida, a ampliação da rede visa fortalecer as ações de diagnóstico precoce da malária, com pontos de atendimento mais próximos da residência do paciente.

“O retardo no diagnóstico pode levar à quadros graves da doença. O ideal é que o diagnóstico seja feito nas primeiras 24 horas a partir do início dos sintomas. Além disso, com o caso confirmado, os serviços de saúde podem iniciar o processo de investigação e controle do vetor de transmissão, que é o mosquito do gênero Anopheles, evitando novos casos”, afirma a gerente.

Na segunda etapa do plano de ampliação, a Semsa prevê reforçar a ampliação a partir de agosto de 2025, com proposta de oferecer os exames em mais 39 estabelecimentos de saúde da área urbana da rede municipal.

A lista com o nome e endereço das Unidades de Saúde com oferta do diagnóstico para malária pode ser consultada nas redes sociais e no site da Semsa (semsa.manaus.am.gov.br). 

Cenário epidemiológico

Dados dos últimos dez anos em Manaus, apontam que o período com maior registro de malária no município foi o ano de 2017, com 10.557 casos confirmados.

Em 2018, o município iniciou um período com variação negativa na notificação da doença, mas a partir de 2023 o cenário mudou e os casos começaram a aumentar novamente, tendo chegado a uma variação positiva de 51,7% em 2024.

Em 2023, o número de casos de malária causada pelo Plasmodium vivax foi de 3.781 e, em 2024, de 5.962. Em 2025, até o dia 5 de abril, foram registrados 1.524 casos, com redução de 9,9% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em 2024, em relação às localidades de provável infecção, ou seja, locais com presença de criadouros positivos para o mosquito infectado, os Distritos de Saúde (Disas) Leste e Rural foram responsáveis pela concentração de mais de 50% dos casos de malária em Manaus.

Infecção

Doença infecciosa febril aguda, a malária é transmitida por meio da picada de fêmea do mosquito Anopheles infectada por protozoários do gênero Plasmodium, que é o causador da doença. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. A doença tem cura e o tratamento é gratuito, mas, se não for diagnosticada e tratada de forma precoce e adequada, pode evoluir para formas graves.

Foto – Divulgação/Semsa

Post Relacionado

Prefeito David Almeida anuncia entrega da USF do Morro da Liberdade na próxima segunda-feira, 30/9

victoria Farias

Prefeitura de Manaus realiza busca ativa de estabelecimentos de saúde com pendência no Projeto Básico de Arquitetura

Victória Farias

Cras entram em processo de revitalização e têm os serviços realocados

Victória Farias