A Prefeitura de Manaus participou da cerimônia de adesão ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, que ocorreu na abertura da 14ª edição da reunião do Grupo Nacional dos Direitos Humanos (GNDH), nesta segunda-feira, 9/10, no Teatro Amazonas. A secretária municipal de saúde, Shádia Fraxe, que representou o prefeito David Almeida na abertura da programação, reforçou o compromisso da gestão municipal com a vacinação dos manauaras, um trabalho de rotina das unidades de saúde, e que é fortalecido com a ação do Ministério Público na mobilização de instituições para a ampliação da cobertura vacinal.
O pacto, que é uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão da Saúde, marcou a abertura do encontro promovido pelo GNDH na Região Norte do Brasil, que se estende até esta quinta-feira, 11/10.
“A ação do Ministério Público, com o qual já realizamos o projeto de incentivo à vacinação “Juntos pela Vida”, é de extrema importância porque reforça a necessidade de conscientização da população. Aderir a esse pacto é reconhecer o valor da ciência para a promoção da saúde”, acentuou Fraxe.
Para a gerente de Imunização da Semsa, Isabel Hernandes, que também participou da solenidade, além de um importante apoio, o pacto assinala o direito à saúde garantido a todas as crianças.
“Essa cooperação entre os envolvidos na vacinação mostra o valor da cooperação para chamar a atenção dos pais em garantir que o direito à saúde de seus filhos seja assegurado. É através das vacinas que fazemos a prevenção de mais de 18 doenças. Por isso essa pactuação é tão importante”, explicou.
Dados
Dados da Semsa de 2022, mostram uma melhora na cobertura vacinal em Manaus, apesar de todas as vacinas, à exceção da BCG, estarem abaixo dos 95% recomendados pelo Ministério da Saúde. A BCG, aplicada em dose única para proteger contra formas graves de tuberculose, ofertado nas maternidades públicas logo após o nascimento, está com cobertura de 123,24%.
Já as duas vacinas monitoradas pelo Ministério da Saúde como parte dos indicadores da qualidade da saúde básica nos municípios – a pentavalente e a da poliomielite – vem aumentando a cobertura nos últimos dois anos. Entre 2020 e 2022, a cobertura de pentavalente entre crianças menores de 1 ano saiu de 70,9% para 82,1%, enquanto a vacinação contra a poliomielite saiu de 72,2% para 82,2%.
Isabel Hernandes reforça que os imunobiológicos são disponibilizados na rede básica de saúde e reitera que as crianças, principalmente no primeiro ano de vida, quando recebem nove tipos de vacina, algumas com uma ou duas doses de reforço, precisam ser protegidas.
“Ao não vacinar suas crianças, os pais e os responsáveis estão deixando que elas fiquem vulneráveis e uma série de doenças”, assinalou.
Estratégias
Para aumentar a cobertura vacinal na capital, a Prefeitura de Manaus adotou uma série de estratégias direcionadas à população geral, em especial às crianças e adolescentes de 0 a 14 anos.
Segundo Shádia Fraxe, desde 2015, a capital, assim como o restante do país, mostra cobertura abaixo do esperado, um cenário que ficou mais acentuado com a pandemia, que contribuiu para o afastamento gradual do público das salas de vacina.
“A realização do I Fórum Municipal de Imunização, com o tema “Imunoprevenção, uma responsabilidade de todos”, em março de 2022, que reuniu representantes de instituições de ensino, pesquisa, comunidades, órgãos de controle, para fortalecer o compromisso de com a imunização e combate às informações falsas, foi um passo importante para mudar o cenário”, sintetizou.
Outra frente de trabalho importante, destaca a titular da Semsa, foram as ações de intensificação de imunização como os “Dias D” de vacinação e os “Sabadões da Saúde”, que mobilizaram pais e responsáveis para a vacinação das crianças.
“Uma programação especial com aumento no número de unidades, dias e horários de atendimento foi executada pelas equipes da Semsa para ampliar o acesso às salas de vacina”, observou.
Paralelamente a essas iniciativas, foram veiculadas diversas campanhas publicitárias orientando os pais e responsáveis quanto à necessidade de vacinação infantil e reforçando informações sobre o risco de reintrodução de doenças imunopreveníveis, como a poliomielite.
Fotos – Artur Barbosa / Semsa