A Petrobras anunciou que vai reduzir o preço médio de venda da gasolina e do diesel para as distribuidoras a partir desta quarta-feira (1º/3). No caso da gasolina A, o valor passa de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma queda de R$ 0,13 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,32 a cada litro vendido na bomba.
Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma redução de R$ 0,08 por litro.
Nesse caso, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do produto vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,62 a cada litro vendido na bomba.
Essas reduções, observou a estatal, têm como objetivo a “busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras nos mercados nacional e internacional, através de uma convergência gradual”.
A companhia informou ainda que, na formação de preços de derivados de petróleo e gás natural no mercado interno, busca “evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
Na avaliação da consultoria Ativa Investimentos, ainda que a Petrobras tenha anunciado o corte a partir de amanhã, o efeito da queda só deve ser sentido pelo consumidor a partir de 14 de março.
DISPUTA POLITICA
O anúncio da Petrobras foi feito no momento em que o Planalto vive uma disputa interna em torno da reoneração dos combustíveis no país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda (27/2) que o governo iria voltar a cobrar os impostos sobre a gasolina e o etanol. Para isso, contudo, poderia contar com a ajuda da Petrobras para atenuar o impacto da medida no bolso dos consumidores.
Há uma ala do governo, porém, contrária à volta dos impostos. A decisão de não cobrar tributos federais (PIS/Cofins e Cide total) sobre os combustíveis foi tomada a partir de uma medida provisória editada no início deste ano, que mantém a desoneração sobre gasolina, diesel, gás natural veicular, gás liquefeito de petróleo, querosene avião e biodiesel até esta terça-feira (28/2).
Fonte: Metrópoles