Com a proposta de difundir conhecimento e compartilhar experiências vivenciadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), a Prefeitura de Manaus realizou, nesta terça-feira, 12/12, a 6ª Mostra de Pesquisa Científica e a 1ª Mostra de Extensão da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, servidores e trabalhadores da saúde participaram da programação, que ocorreu na Faculdade Estácio, no bairro Chapada, zona Centro-Sul.
No evento, coordenado pela Escola de Saúde Pública (Esap), foram apresentados resultados de pesquisas e ações de extensão conduzidas na rede municipal de saúde ao longo dos últimos anos, principalmente em 2022 e 2023. Ao todo, foram apresentados mais de 40 projetos em diversas áreas, entre elas Saúde da Mulher, Saúde Bucal, Assistência Farmacêutica e Atenção Psicossocial.
A titular da Semsa, Shádia Fraxe, participou da mesa de abertura e ressaltou que as atividades de pesquisa e de extensão têm contribuição importante para o aprimoramento da saúde. Ela destacou ainda a palestra de abertura do evento, que foi apresentada pela presidente da Subcomissão de Proteção de Dados e Segurança da Informação da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Amazonas (OAB/AM), Julianne Maria Nunes, enfocando o impacto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na pesquisa e na assistência em saúde na rede pública.
“É um momento importante da mostra essa apresentação da LGPD, para nos esclarecer o que há de novo e o que muda por conta da lei, e para que os pesquisadores da área da saúde possam conduzir seus trabalhos em conformidade com a legislação”, afirmou.
Conforme a chefe do Núcleo de Pesquisa, Extensão e Inovação da Esap, Priscila Farias, a Mostra de Pesquisa Científica reuniu trabalhos da graduação ao doutorado, desenvolvidos por servidores da Semsa e por professores e alunos de instituições de Manaus e de outras localidades, abrangendo temáticas importantes da atenção primária.
“Por meio da mostra, esses pesquisadores estão dando a devolutiva de seus trabalhos, tanto para a gestão municipal como para a sociedade”, assinalou a gestora. Ela destacou ainda a Mostra de Extensão, que teve sua primeira edição como novidade ao lado da mostra científica.
“A Semsa tem um programa de extensão em serviços de saúde, que foi criado com a proposta de institucionalizar a atividade de extensão que já ocorria na Semsa, fomentada por instituições de ensino e que traz o conhecimento da academia para a população”, pontuou Priscila.
Apresentações
A programação das mostras da Esap iniciou pela manhã, com a palestra “Lei Geral de Proteção de Dados: o que muda na pesquisa científica e na assistência em saúde da rede pública?”, apresentada por Julianne Maria Nunes, da OAB/AM, com mediação da encarregada-geral de Proteção de Dados da Prefeitura de Manaus, Onilda Abreu.
O evento seguiu à tarde, com a apresentação oral dos resultados de pesquisas científicas e ações de extensão realizadas em unidades de saúde da Semsa. Os projetos foram distribuídos em dez temáticas: Saúde Bucal; Saúde da Mulher; Atenção Primária à Saúde; Vigilância Epidemiológica e Ambiental; Grupos Especiais; Atenção Psicossocial; Saúde do Neonato, da Criança e do Adolescente; Saúde do Idoso; Medicina Laboratorial e Assistência Farmacêutica.
O encontro teve ainda uma exposição de banners dos projetos da primeira edição do Programa de Iniciação Científica (Paic) Esap/Semsa, que contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam); e de discentes do curso de especialização em Saúde Pública com ênfase em Estratégia de Saúde da Família.
Uma das participantes da programação, a estudante da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Heloisa Nunes, expôs na mostra seu trabalho de conclusão do curso de graduação, com foco na segurança do paciente neonatal. Para ela, participar do evento foi uma forma de buscar contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços da assistência básica, além de trocar conhecimentos e experiências.
“Participar deste evento, podendo trazer um pouco do trabalho que desenvolvi ao longo de dois anos, é muito gratificante. E também posso aprender e agregar o conhecimento que outras pessoas trouxeram em suas pesquisas”, avaliou.
Foto: Artur Barbosa / Semsa