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Paulo Onça, ícone do samba amazonense, morre aos 63 anos em Manaus

Manaus se despede de um dos seus maiores nomes da música popular. O cantor e compositor Paulo Onça faleceu nesta segunda-feira, 26 de maio de 2025, aos 63 anos, após mais de cinco meses internado em decorrência de uma agressão sofrida em dezembro de 2024. O artista, que era referência no samba local e nacional, deixa um legado de mais de 130 composições e uma história marcada pela paixão pela cultura amazônica.

Agressão e internação

Paulo Onça foi brutalmente agredido no dia 5 de dezembro de 2024, após se envolver em um acidente de trânsito na Rua Major Gabriel, bairro Praça 14 de Janeiro, zona Sul de Manaus. Após avançar o sinal vermelho, seu carro colidiu com o de Adeilson Duque Fonseca, que desceu do veículo e desferiu diversos golpes no sambista, deixando-o inconsciente. Câmeras de segurança registraram toda a ação violenta.

O cantor foi socorrido e levado ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, em estado grave. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), onde passou por cirurgias e, no dia 14 de maio, realizou uma cranioplastia. Apesar de apresentar melhoras, seu estado de saúde se agravou, e ele não resistiu.

Um nome eterno do samba

Nascido em Manaus, Paulo Juvêncio de Melo Israel — o Paulo Onça — começou sua trajetória na música aos 16 anos. Compositor respeitado, teve sambas interpretados por grandes nomes do cenário nacional, como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Exaltasamba, entre outros.

No carnaval amazonense, brilhou em diversas escolas de samba. Em 1990, foi campeão com a Vitória Régia com o samba “Nem Verde e Nem Rosa”. Já em 1998, teve participação marcante no carnaval do Rio de Janeiro, com o enredo “Parintins para o Mundo Ver”, da escola de samba Salgueiro.

Entre suas composições mais lembradas está “Ivete do Rio ao Rio”, samba-enredo que também conquistou título e reconhecimento fora do Amazonas.

Legado de resistência e arte

Paulo Onça era um verdadeiro embaixador da cultura amazonense, com letras que exaltavam o cotidiano, o povo e a beleza da região. Sua morte representa uma grande perda para o samba e para a cena cultural do Norte do Brasil.

O mundo do samba chora, mas celebra a vida e obra de um artista que viveu pela música e pela arte de emocionar. Paulo Onça permanecerá eterno no coração do povo que ele tanto cantou.

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