A Prefeitura de Manaus intensificou, nesta quarta-feira, 11/10, a ação humanitária nas comunidades do Baixo Amazonas, em razão da seca histórica que atinge famílias ribeirinhas e agrícolas. Cerca de 500 famílias da Costa do Jatuarana, comunidade União e Progresso, São Francisco, assentamento Nazaré, São Pedro, Bom Sucesso e São Raimundo estão sendo assistidas com mantimentos. Os trabalhos fazem parte de mais uma etapa da operação “Estiagem”, que tem o objetivo de levar assistência a essas comunidades.
Ao todo, foram entregues mil cestas básicas, mil kits de higiene e mil garrafões de água potável. Segundo o superintendente da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), Moisés Cunha, a expectativa é que até 1.500 famílias sejam atendidas na região.
“A gente desenvolveu uma verdadeira operação. Viemos do rio Negro com mais de 3 mil famílias atendidas e agora a gente desce o rio Amazonas para atender 12 comunidades e, no decorrer dos outros dias, devemos atender as demais comunidades”, disse.
Servidores voluntários das secretarias municipais de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) e Limpeza Urbana (Semulsp) estiveram envolvidos na ação.
Uma das principais dificuldades que os ribeirinhos têm enfrentado é a logística. Por conta da severa seca dos rios e o agravante da intensa fumaça, muitos precisam sair das comunidades e andar longas horas para chegar às margens do rio.
A Costa do Jatuarana é uma das áreas afetadas com a seca, que hoje é de difícil acesso. Segundo Maria José, presidente da comunidade, a chegada dos mantimentos veio em uma boa hora.
“Está difícil tudo, água e logística, inclusive o lago do Jatuarana está impossibilitando até as pessoas de beberem água. A única logística que a gente tem é fazer rancho no Puraquequara, mas está tudo lama. Então, essas cestas básicas e esses garrafões serão bem-vindos”, afirmou.
A programação da Prefeitura de Manaus é para que ao longo de 90 dias as comunidades ribeirinhas sejam amparadas com água potável, merenda escolar, kit de higiene e cesta básica.
“É uma ajuda grande. Não só para mim, mas para todos. Até pescar no rio Jatuarana está difícil e muito dificultoso, porque está tudo seco. É a primeira vez que um prefeito olha pela gente nessa situação difícil. Então só temos a agradecer”, enfatizou Maria José.
Logística
As equipes da prefeitura estão trabalhando, diuturnamente, abastecendo as balsas que saem com os mantimentos para ancorar em áreas que fiquem mais próximas às comunidades. Depois, pequenos botes são abastecidos, de acordo com o número de moradores.
As embarcações saem em direção às localidades e param em escolas municipais e barracões das associações. Tudo previamente e logisticamente agendado com o líder comunitário, facilitando um pouco mais o percurso, principalmente para os moradores que já estão isolados e necessitam fazer o trajeto andando pelos locais onde antes eram rios, mas, agora, estão secos, devido a vazante.
Fotos – Gildo Smith / Semacc