No Dia Nacional do Teste do Pezinho, 5/6, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), reforça a importância do procedimento, que é essencial para detectar doenças de forma precoce, evitando que as crianças tenham sua saúde comprometida.
Além da Maternidade Moura Tapajoz, que é gerenciada pela Semsa, a Secretaria disponibiliza 56 unidades de saúde para a realização do exame, responsável pela detecção de doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose, que se não forem bloqueadas a tempo, podem trazer sequelas graves e até levar ao óbito, segundo a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Janaína Sá Terra.
“O teste do pezinho é um exame essencial e obrigatório para todas as crianças. O período ideal de coleta é do terceiro ao quinto dia de vida, e, no máximo, até 28 dias. Mas é importante reforçar que quanto mais cedo a criança faça, melhor, porque mais cedo se descubra alguma alteração e já se encaminha essa criança para fazer o confirmatório e dar início ao tratamento”, aconselha.
Janaína Sá Terra informa que se uma criança sair da maternidade sem coleta, a família deverá procurar imediatamente, após a alta, uma dessas unidades para solicitar a realização da coleta. Não é necessário ter a solicitação do exame, basta ir a uma unidade que oferece o teste e solicitar a coleta.
Embora o prazo ideal para o procedimento, denominado de ‘período ouro’, compreenda do terceiro ao quinto dia de vida da criança, a coleta pode ocorrer até os 28 dias de vida, que é conhecido como período neonatal.
“Após essa fase, se a criança não coletou, mesmo assim, a família deve procurar uma unidade para que a equipe oriente a família sobre como deve proceder para ter acesso ao teste do calcanhar”, explica Janaína Sá Terra.
As coletas do Teste de Guthrie, uma referência ao Dr. Robert Guthrie, médico que desenvolveu o procedimento em 1961, acontece por meio da coleta de sangue em papel filtro no calcanhar do recém-nascido, para possibilitar o diagnóstico da fenilcetonúria (PKU).
As amostras coletadas em Manaus, assim como as realizadas em todos os municípios do Estado, seguem para a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), que realizam as análises. O resultado é liberado no período de 10 a 15 dias.
Na capital, uma família pode ter acesso ao resultado em qualquer unidade da Semsa que tenha acesso ao sistema, não precisando ir até a maternidade, observa Janaína.
“O profissional acesse o sistema e, se esse resultado já estiver disponível, faça a impressão e realize uma análise para verificar se houve alguma alteração. Em caso positivo, são realizados os encaminhamentos necessários conforme cada caso”.
A Semsa, por meio da Maternidade Moura Tapajóz e de suas unidades de referência, realiza em média, 350 exames por mês. O procedimento é rápido e um pouco invasivo, uma vez que a região do calcanhar é rica em vasos sanguíneos.
Foto: Divulgação/Semsa