Número de profissionais ativos no programa do Governo Federal salta de 367 para 953 no estado. Eles atuam nos 62 municípios e atendem cerca de 2,2 milhões de habitantes
Divulgação: Ministério da Saúde |
Fortalecimento da atenção primária à saúde, atenção a municípios com maiores índices de vulnerabilidade e olhar humanizado. Desde o início da atual gestão do Governo Federal, o Mais Médicos teve crescimento de 159% no Amazonas. Em dezembro de 2022, havia 367 profissionais conectados ao programa. No início de novembro de 2024, o número saltou para 953 médicos ativos e ainda há 61 vagas em processo de ocupação. Só em 2024, são 179 novos médicos atuando no Amazonas.
Os médicos atuam nos 62 municípios do estado e alcançam cerca de 2,2 milhões de habitantes. Um dos indicadores do foco nas regiões onde há maior necessidade de atendimento é que 466 dos profissionais no Amazonas estão fixados em municípios considerados de muito alta vulnerabilidade e outros 133 estão em regiões de alta vulnerabilidade.
Na divisão por gênero, há 523 profissionais de saúde do sexo feminino e 430 do masculino atuando no Amazonas. Um grupo de 118 médicos trabalha em distritos sanitários especiais indígenas, onde existem ainda 37 novas vagas em fase de ocupação.
As faixas etárias com maior número de médicos ativos no programa no estado são de 30 a 34 anos e de 35 a 39 anos, com 224 profissionais em cada. Na sequência, 169 médicos entre 40 e 44 anos. No recorte por raça, a maioria (460 profissionais) se identifica como pretos ou pardos. Na sequência, há 350 identificados como brancos e 122 como amarelos.
O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família
JERZEY TIMÓTEO
Secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
NACIONAL — Em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024. Eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente. Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes. Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios. O número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).
RETOMADA — Em 2023, o programa foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.
DISCUSSÃO — Os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro. O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.
ELOS — As referências e parcerias com estados e municípios são consideradas essenciais. São elos entre o Governo Federal e o local onde as pessoas efetivamente vivem, formam família e recebem atendimento. Essas parcerias garantem apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. “Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros”, disse o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho. Para ele, o ano de 2025 será para consolidar o trabalho, metas e políticas retomadas desde o início da gestão.
NEGROS, QUILOMBOLAS E INDÍGENAS — Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
CURSO E BOLSA — Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
INTEGRAÇÃO — O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.