Blitz Amazônico
Meio Ambiente

Gestores aprovam modelo de concessão de parques naturais e urbanos


Responsáveis pela conservação de 6,1 mil km² da cobertura verde no Brasil, o modelo de concessão de parques naturais e urbanos à iniciativa privada tem a aprovação de grande parte dos gestores públicos e concessionários. É o que aponta a pesquisa Diagnóstico da Gestão em Parques com Concessão, lançada nesta quinta-feira (21), pela organização sem fins lucrativos, Instituto Semeia.

Entre os achados da publicação inédita estão percepções positivas entre os entrevistados como a aprovação de 77% das ações para atrair novos públicos a essas unidades de conservação, com destaque de 76% para a atenção aos atrativos infantis e avaliação positiva de 53% das iniciativas para desenvolvimento do território onde ficam localizados os parques.

Foram avaliados positivamente ainda a diversificação de atividades, eventos atrativos e serviços oferecidos, assim como informações sobre o local.

Os resultados do estudo também aprontaram avaliações negativas como disponibilidade de ferramentas necessárias a gestão contratual eficiente, que foi reprovada por 60% dos participantes da pesquisa.

A insatisfação sobre a agilidade nos processos de aprovação de obras e sobre as ações ambientais também foi manifestada por 50% dos gestores.

A pesquisa ouviu gestores de contratos de concessão tanto do setor privado quanto do poder público nas três esferas municipal, estadual e federal, abrangendo 28 contratos, sendo 21 de parques naturais e 7 de parques urbanos.

A metodologia adotou quatro abordagens: gestão e governança, visitação e uso público, impacto socioeconômico e conservação da natureza.

Segundo a gerente de estruturação e gestão de parcerias em parques do Instituto Semeia, Bárbara Matos, o estudo foi desenvolvido com o objetivo de potencializar o desenvolvimento socioeconômico sustentável de parques e unidades de conservação brasileiros, valorizando atributos cênicos, geológicos, hídricos e culturais.

“Por isso também apresenta recomendações e boas práticas para aprimorar a condução dos contratos de concessão, com foco na transparência, eficiência e qualidade na entrega dos serviços à sociedade”, acrescenta.

Entre as recomendações estão:

Fortalecimento da atuação do poder público,

Ampliação dos canais de diálogo com a sociedade,

Criação e capacitação de equipes multidisciplinares nas estruturas de gestão,

Formalização de procedimentos por meio de portarias, instruções normativas e decretos,

Alocação de recursos financeiros e tecnológicos adequados, e

Adoção de manuais de gestão contratual para padronização de processos.

Essas medidas são essenciais para garantir contratos mais eficientes, inclusivos e alinhados aos interesses coletivos”, conclui Bárbara.

Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente/noticia/2025-08/gestores-aprovam-modelo-de-concessao-de-parques-naturais-e-urbanos

Post Relacionado

Emergência climática exigirá cerca de US$ 6 trilhões até 2030

EDI FARIAS

Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal realizam primeira reunião de 2023, em Brasília

EDI FARIAS

Comissão de Meio Ambiente se solidariza com famílias de desaparecidos na Amazônia

Redator