A polícia do Peru apreendeu uma múmia pré-hispânica que estava em uma mochila de entrega de delivery na cidade de Puno, no sul do país. De acordo com as autoridades, os restos mortais, datados de 600 a 800 anos, estavam guardados irregularmente havia pelo menos 30 anos.
Julio César Bermejo, 26, foi detido durante investigação do Ministério Público —as informações foram confirmadas pela agência de notícias AFP nesta terça (28). “Em casa, ela fica no meu quarto e dorme comigo. Eu cuido dela e a mantenho. Ela é como minha namorada espiritual”, disse à imprensa local.
Bermejo afirmou que a múmia, a quem chama “carinhosamente” de Juanita, foi adquirida por seu pai, em condições ainda não esclarecidas. “Ele pegou [a múmia] de um policial e depois se apegou a ela.”
Para surpresa de Bermejo, um especialista do Ministério da Cultura que analisou os restos mortais apontou que, na verdade, a múmia não é Juanita, mas, sim, Juan, indicando se tratar de um homem que morreu por volta dos 45 anos, dada a estrutura óssea do crânio.
A polícia peruana encontrou os restos mortais no último sábado (25) enquanto patrulhava um parque de Puno frequentado por Bermejo. O homem negou ter tentado vender a múmia e disse que a transportava na mochila térmica porque seus amigos queriam vê-la antes que fosse doada a um museu. “Se me comporto mal, ela me castiga, puxa meu pé”, disse, acrescentando que a múmia “transmite energia”.
Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo; aberta para não assinantes.
O Ministério da Cultura peruano informou que os restos mortais são um bem cultural pré-hispânico e identificados como partes de um indivíduo masculino adulto mumificado, que morava provavelmente na zona leste de Puno, região nos Andes peruanos, a cerca de 1.300 km da capital Lima.
Em comunicado divulgado no domingo (26), a pasta informou que “ordenou de imediato a custódia” dos restos mortais mumificados para protegê-los e preservá-los.
Fonte: Folda de São Paulo