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Prefeitura de Manaus

Equipe da UBS Carmen Nicolau é treinada para a oferta do exame de diagnóstico da tuberculose latente

Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou, nesta segunda-feira, 19/2, uma capacitação em Técnica de Aplicação e Leitura da Prova Tuberculínica, direcionada para profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Carmen Nicolau, localizada no bairro Lago Azul, zona Norte. Após a capacitação, que encerra na quinta-feira, 22/2, a UBS estará apta a oferecer o exame da Prova Tuberculínica, que é destinado ao diagnóstico da Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB).

Em 2024, o total de 183 pessoas no município de Manaus iniciaram o tratamento para infecção da tuberculose latente, que ocorre quando uma pessoa foi infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas ainda não apresenta a tuberculose ativa. Na rede municipal, a Prova Tuberculínica já está disponível em 29 UBSs e é indicada na avaliação de contatos de pacientes diagnosticados com a tuberculose ativa, ou seja, no acompanhamento de pessoas que são contatos próximos do paciente com tuberculose, como o caso de pessoas que convivem no mesmo domicílio.

De acordo com a enfermeira Dinah Carvalho, técnica do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa e uma das coordenadoras da capacitação, o treinamento dos profissionais da UBS faz parte do planejamento para expansão da oferta do exame na rede municipal de saúde, tendo como foco o tratamento preventivo da tuberculose.

“Quando o resultado do exame é positivo para a infecção latente, o paciente precisa fazer uma avaliação para iniciar o tratamento preventivo, e esse tratamento vai proteger o contato e evitar que futuramente ele adoeça com a tuberculose”, explicou Dinah.

A capacitação envolve uma parte teórica abordando a situação epidemiológica, técnica de aplicação e leitura da Prova Tuberculínica, e uma etapa prática que consiste na aplicação intradérmica do PPD (derivado proteico purificado), que é uma substância aplicada no antebraço do paciente e, depois de 48 horas (até 96 horas), o profissional de saúde pode realizar a avaliação para identificar se houve ou não reação ao exame, verificando se o resultado é positivo ou negativo para a infecção latente.

“Inicialmente, na capacitação é aplicado 0,1ml de soro fisiológico via intradérmica em profissionais voluntários e utilizados manequins que simulam a leitura. Mas amanhã, dia 20, haverá o treinamento com aplicação do PPD nos contatos dos pacientes com tuberculose que são acompanhados na UBS. Na quinta-feira, dia 22, será encerrada a capacitação com a leitura do exame”, informou.

A enfermeira Joana Carvalho Corrêa, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose na UBS Carmen Nicolau, explica que a UBS realiza atualmente o acompanhamento de seis pacientes com tuberculose ativa e de dois em tratamento preventivo, sendo que, em média, são identificados cinco contatos por cada paciente, que precisam ser avaliados e acompanhados.

“Como não temos a oferta da Prova Tuberculínica ainda, os contatos são encaminhados para outras Unidades de Saúde, mas assim não temos como garantir que eles vão realizar o exame. Com a implantação do exame, será possível facilitar o acesso ao serviço. A UBS Carmen Nicolau funciona todos os dias, de domingo a domingo, e temos a possibilidade de oportunizar o exame diariamente, acolhendo esse público logo no primeiro atendimento para a avaliação dos contatos”, declarou a enfermeira.

Além da UBS Carmen Nicolau, a Semsa tem a meta de finalizar a implantação da Prova Tuberculínica em mais três Unidades de Saúde ainda no primeiro trimestre deste ano, além de apoiar o treinamento das equipes de profissionais de hospitais e prontos-socorros da rede estadual que atendem crianças, já que o exame também é utilizado no diagnóstico da tuberculose ativa em crianças.

O processo de capacitação dos profissionais também faz parte do programa ExpandTPT, que tem como foco a expansão do Tratamento Preventivo da Tuberculose, e é coordenado pelo Ministério da Saúde, a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose e o Centro Internacional de Tuberculose da Universidade McGill (Canadá). Além de Manaus, o programa desenvolve ações nos municípios de Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Tuberculose

Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose é causada pela micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das Unidades de Saúde da rede municipal para a realização de exames. Este ano, o município de Manaus já registrou 242 casos de tuberculose ativa.

A transmissão da doença ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas, ou seja, o bacilo é transmitido pelo ar e a infecção acontece pela respiração. Por outro lado, a tuberculose não pode ser transmitida pelo sexo, sangue contaminado, pelo beijo, copos ou talheres, pela roupa ou outros objetos.

Foto – Divulgação / Semsa

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