Neste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, as aposentadas e pensionistas municipais que participam do programa “Vitalidade da Manaus Previdência” passaram por uma experiência sensorial, em alusão à sensibilidade e incômodos que pessoas com espectro autista podem vivenciar em relação a sons e texturas, por exemplo. A ação aconteceu na sede da autarquia, na avenida Constantino Nery, bairro Chapada, zona Centro-Sul.
A iniciativa proporcionou uma vivência com os olhos vendidos, ou seja, sem o auxílio da visão, em atividades que aguçavam e incomodavam o tato e a audição dos participantes.
Elas passaram vendidas por um corredor, auxiliadas por técnicas do setor Psicossocial da Manausprev, onde foram expostas a sons pontuais e altos como de apito, de panela sendo batida e de papel fino sendo amassado e esfregado.
Outra experiência foi sentir nos braços, rosto e costas o tato de penas, papel com textura e esferas de cravos. Os participantes também manipularam massa gelatinosa ( lodo ) e puderam tocar com as plantas dos pés em um tapete especial com tampas de garrafas PET, para sentir o desconforto das elevações.
“Após passarem pelo corredor sensorial, eles participaram de uma roda de conversa em que contaram o desconforto de passar por essa carga sensorial. Nós pudemos relacionar essa pequena experiência com a vivência diária de um autista que, naturalmente, já tem uma sensibilidade mais aflorada, e com isso provocamos reflexão, além de passar informação”, explicou a técnica previdenciária Luciane Fridschtein.
A aposentada Elza Duarte relatou as sensações experienciadas com a visão anulada, pois estava vendida. Ela disse que algumas foram lucrativas.
“Tive muitas sensações como de repugnância, quando toquei na slime ; o barulho do apito foi bem incômodo, igual quando pisei nas tampas de PET, e a sensação de alguma coisa tocando a minha pele do braço, descobri que era tipo uma aranha, então fiquei com medo”, afirma.
Elza explicou que a atividade foi ótima no sentido de gerar consciência sobre o tema, além de compreensão com as pessoas com espectro autista.
“O autista precisa ter nossa compreensão, nossa ajuda. Então, agora, quando eu vir alguém reagindo coisas diferentes que para nós podem ser simples, vou ter calma e preocupação a dificuldade”, analisou a aposentada.
Para encerrar a ação, os participantes assistiram ao vídeo de uma mãe autista, cujo filho também possui o espectro autista. Ela relatou sobre dificuldades, como a supera e a importância das pessoas se informarem sobre o tema.
Foto – Divulgação/Manaus Previdência