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Elize Matsunaga está trabalhando como motorista de app em São Paulo

Após cumprir dez anos de pena e em liberdade condicional desde maio do ano passado, Elize Matsunaga, de 42 anos, estaria trabalhando hoje como motorista de aplicativo no interior de São Paulo. O perfil Mulheres Assassinas publicou um post com imagens de Elize em uma plataforma de transportes. Ali, ela aparece com o sobrenome de solteira, Araújo Giacomini.

Procurado, o advogado Luciano Santoro, que representa Elize Matsunaga, não quis comentar o fato. No perfil do Instagram, mantido pelo jornalista Ullisses Campbell, autor do livro “Elize Matsunaga – a mulher que esquartejou o marido”, Santoro criticou a divulgação e não confirmou o fato, mas questionou a reação das pessoas à notícia: “Falamos tanto em ressocialização, em recomeçar a vida sem voltar a praticar crimes, mas como ela será possível se perseguimos e estigmatizamos aqueles que passaram pelo sistema penitenciário? E quem nos deu o martelo de juízes do outro?”

Desde que saiu da cadeia, Elize escolheu o interior paulista, para fixar residência. Ela havia sido condenada a 19 anos e 11 meses de prisão pelo assassinato do marido, o empresário Marcos Matsunaga. Mas, em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e três meses. Deste total, ela cumpriu dez e teve autorização da Justiça para cumprir o restante em liberdade.

No print de um de seus perfis usados nos aplicativos em que presta serviço de transporte, Elize aparece com a nota 4,80 dada pelos usuários do serviço que lhe garante cinco estrelas e é considerada alta aos motoristas. Elize está usando o cabelo mais curto e usaria máscara, o que lhe garante não ser reconhecida. Ela estaria usando um Honda Fit. Elize é bacharel em Direito e também é formada em contabilidade e enfermagem.

Uma fonte da prefeitura de Franca, cidade a 400km da capital paulista e para onde ela se mudou desde que deixou a penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior paulista, afirma que Elize “já cumpriu sua pena” e que, por isso, não cabe à administração municipal monitorar os passos dela. “Cumpriu a pena e merece recompor sua vida, como qualquer cidadão”, acrescentou.

Procurado pela reportagem, a Uber informou, através de sua assessoria de imprensa, que “não há nenhuma conta de motorista parceiro cadastrada na base de dados da Uber com os dados fornecidos”. Já a empresa 99 e a Maxim, até o momento, não responderam os pedidos de informação.

Portal CM7

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