O falecimento de Senor Abravanel, conhecido como Silvio Santos, no último sábado, 17 de agosto, aos 93 anos, trouxe à tona uma longa e complexa disputa judicial envolvendo a suposta paternidade do apresentador. A história remonta a 14 de dezembro de 1996, quando Hugo Sérgio Marques, então gerente de hotel, ingressou com uma ação na 2ª Vara de Família do Fórum de Santo Amaro, em São Paulo, alegando ser filho biológico do empresário.
O processo, que buscava o reconhecimento de paternidade, passou por diversas instâncias judiciais, sem que Hugo obtivesse sucesso. Em 2004, após perder nas instâncias inferiores, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi analisado pelo ministro Marco Aurélio Mello.
A ação de Hugo Sérgio Marques, movida sob a alegação de que era filho do “Dono do Baú”, reflete as dificuldades e os desafios enfrentados em casos de reconhecimento de paternidade, especialmente quando envolvem figuras públicas de grande renome. Hugo faleceu em 2015, sem que o processo tivesse um desfecho conclusivo, deixando em aberto a questão da sua verdadeira origem.
A disputa judicial, que se estendeu por quase duas décadas, exemplifica a complexidade das relações familiares e os obstáculos legais que surgem em casos de reconhecimento de paternidade. Com a morte de Silvio Santos, a história ganha novas dimensões, destacando a influência que questões de herança e identidade podem ter no legado de figuras públicas.