Nova Educação tem abordagem híbrida
e aluno como protagonista do aprendizado
Muito além da absorção passiva de conteúdos, na Educação 4.0 os estudantes são agentes ativos na construção do próprio futuro; professor da Plataforma Professor Ferreto explica o conceito e tendências para o futuro
A antiga ideia de aprender dentro de uma sala de aula tradicional, com lousa e giz, e o professor falando à frente dos alunos, que atuavam apenas como “receptores” de conteúdo, já está ultrapassada há muito tempo. Hoje, o que se discute é: qual o modelo mais viável para um aprendizado sólido, que atenda às demandas da formação de qualidade para os jovens, em uma realidade cada vez mais digital, e de transmissão de informações de forma instantânea?
Esse novo modelo de ensinar e de aprender é a chamada Nova Educação, ou Educação 4.0, e é ainda mais lembrado e debatido neste mês de abril devido ao Dia da Educação, que é comemorado no dia 28. Instituído pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) há 23 anos, o Dia da Educação marca a realização do primeiro Fórum Mundial de Educação, em 28 de abril de 2000. O evento teve como foco consolidar o compromisso de 164 países em garantir acesso ao ensino de qualidade aos jovens e crianças até 2030.
Desde então, a data é celebrada mundialmente promovendo a importância da educação como um direito humano fundamental. Ao longo dessas duas décadas, ocorreram mudanças significativas na forma como a educação é concebida e oferecida, sendo cada vez mais vista não somente como um direito, mas também como um instrumento de transformação social.
“A educação transforma o mundo, e as mudanças do mundo da mesma forma impactam a forma de educar. Não podemos esperar que o ensino permaneça o mesmo diante dos expressivos avanços da tecnologia, e tantos outros fatores que influenciam esse processo. Hoje caminhamos para uma perspectiva em que o professor muito mais guia do que lidera o aprendizado, com o aluno cada vez mais no centro do processo’’, comenta Michel Arthaud, influenciador e professor de Química da Plataforma Professor Ferretto, focada no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibular, que hoje conta com mais de 50 mil alunos de todo o Brasil.
No ponto de vista do docente, a ‘Nova Educação’ tem sua base em um modelo que está cada vez mais popular e presente nas universidades, ensino fundamental e cursos preparatórios para Enem e vestibulares: o ensino phygital. O termo vem da junção das palavras “physical” (físico, em inglês) com o “digital”, representando assim a integração entre o online e offline, que proporciona aos alunos um aprendizado ativo e personalizado.
“Dados do Censo da Educação Superior de 2021 apontam que no Brasil o percentual de matriculados em EAD aumentou 274,3%, nos últimos 2 anos, evidenciando mais uma vez a expansão da modalidade. Isso demonstra que o ensino phygital não é uma ‘moda passageira’, e sim veio para ficar”, avalia Arthaud.
Educação 4.0: Aluno como protagonista
Nessa abordagem híbrida, que combina elementos do ensino presencial e à distância, o aluno é colocado no centro do processo de aprendizado, assumindo o papel de protagonista e construindo seu conhecimento com a ajuda de professores e tutores. “Essa mudança de paradigma permite que os estudantes aprendam em seu próprio ritmo e de acordo com suas próprias necessidades, criando uma experiência educacional mais personalizada e envolvente”, analisa o docente.
Confira benefícios que o modelo promove:
Novas habilidades em jogo
Ao se tornarem protagonistas do próprio aprendizado, os alunos não só absorvem conhecimento, tornam-se agentes ativos na construção do seu futuro através do desenvolvimento de ‘skills’ como criatividade, boa comunicação, relação interpessoal com colegas e professores e empatia.
‘’Habilidades importantes como pensamento crítico e resolução de problemas também não ficam de fora. Além disso, essa abordagem permite que os alunos se tornem mais independentes e confiantes em sua própria capacidade de aprender, o que é fundamental para o sucesso a longo prazo “, destaca o educador.
Democratização e movimento da educação
Por trás do conceito da ‘Nova Educação’ existe o de revolução. Como mencionado, as mudanças acontecem no mundo e seria impossível manter a educação inerte às transformações. Dessa forma, investir em mudanças é uma forma de manter o ensino como um corpo vivo, que possibilita não só novas maneiras de aprender, como de ensinar.
‘’É por meio desse constante movimento que promovemos uma educação muito mais inclusiva e democrática, na qual todos os alunos possuem as mesmas oportunidades, mas seus processos são individualizados para que cada necessidade seja atendida”, explica.
Projetos como forma de aprendizado
Através de problemáticas reais, os estudantes são desafiados a encontrarem soluções para uma situação por meio de um projeto que envolve pesquisas, conhecimentos científicos e abordagens que exijam a conscientização da sociedade.
“O ambiente de aprendizagem passa a ser uma ferramenta para compartilhar esses conhecimentos e entender o seu papel em sociedade”, comenta o professor.
Maior autonomia dos estudantes
Com a ‘inversão’ dos papéis, os alunos se tornam muito mais independentes por terem consciência que estão no comando do próprio saber. ‘’O professor em sala orienta, conduz e aponta certas decisões, mas sempre de acordo com os passos propostos pelo protagonista do processo: o aluno’’, resume Arthaud.
Contato mais estreito entre alunos e educadores
No modelo de ensino tradicional, a interação entre os alunos e professores se limita a poucos momentos durante a aula. Com a metodologia, a troca de experiências entre educadores e estudantes é muito maior e ativa. “A partir daí, uma relação de confiança é construída e as aulas passarão a fluir melhor e eles irão reconhecer o ambiente escolar como um ambiente de crescimento e não de opressão’’, defende.
O modelo phygital é apoiado por de tecnologias educacionais que ajudam o estudante a criar uma experiência de aprendizado rica, por meio de recursos multimídia e interativos. ‘’À medida que a educação continua a evoluir, a abordagem híbrida e centrada no aluno terá um papel cada vez mais importante a desempenhar. Conforme as tecnologias educacionais forem desenvolvidas e as escolas se adaptarem às novas formas de ensino e aprendizado, podemos esperar ver ainda mais inovações na educação nos próximos anos”, finaliza Arthaud.
Sobre a Plataforma Professor Ferretto – A plataforma é uma das maiores do país no segmento e tem o objetivo de oferecer um ensino de qualidade acessível aos jovens. Atualmente, conta com mais de 50 mil estudantes em todo o país, que se preparam para as provas do Enem e dos vestibulares mais importantes com aulas online. Por meio da plataforma, os candidatos podem fazer o seu próprio cronograma, sem sair de casa para estudar. Nesse espaço virtual, têm acesso a mais de 15.000 questões respondidas em vídeo para o estudante treinar, simulados online, correção de redação, resumos gráficos, apostilas e um total de 11 dos melhores professores da internet nas principais disciplinas, todos altamente qualificados e que uniram forças para ensinar e criar o cursinho online com o melhor custo-benefício do Brasil.
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