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Defensoria realiza provas orais do 5º Concurso para Defensor Público no Amazonas 

Terceira fase do certame contou com provas orais e banca de heteroidentificação, em parceria com a Fundação Carlos Chagas 

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas concluiu, neste fim de semana, a terceira fase do 5º Concurso para Defensora e Defensor Público, com a realização das provas orais dos candidatos classificados para esta etapa final. A programação teve início na quinta-feira (20), feriado do Dia da Consciência Negra, com a banca de heteroidentificação, e seguiu nos dias 21, 22 e 23, com as provas orais, todas realizadas na sede da instituição, em Manaus, por meio da Fundação Carlos Chagas (FCC). 

Ao todo, 57 candidatos foram convocados para a fase oral, com registro de três desistências, totalizando 54 participantes avaliados nesta etapa decisiva do certame. Segundo o chefe de gabinete da DPE-AM e integrante da comissão do concurso, Bruno Soré, o cronograma foi cumprido sem intercorrências. 

“Graças a Deus, ocorreu tudo bem. Desde quinta-feira, na fase de heteroidentificação, deu tudo certo. Depois, na sexta, no sábado e hoje também, sem nenhum percalço. São dias muito importantes para a Defensoria e para esses candidatos que se preparam há tanto tempo. Agora é aguardar os trâmites e, após a homologação, iniciar as nomeações, conforme a possibilidade orçamentária”, afirmou, no domingo, 23. 

De acordo com ele, os candidatos aprovados deverão iniciar a carreira no interior do Amazonas. “A nossa carreira prevê o início pelo interior. Ainda não conseguimos definir para quais comarcas especificamente, mas, qualquer que seja o local, esses profissionais vão ser muito bem recebidos. A presença da Defensoria no interior é uma necessidade real da população amazonense”, completou. 

Heteroidentificação 

A banca de heteroidentificação foi realizada na quinta-feira (20) e contou com sete candidatos inscritos, dos quais cinco compareceram. A comissão foi presidida pela defensora pública Adriana Tenuta e contou com integrantes da sociedade civil. 

“Essa comissão de heteroidentificação é uma etapa obrigatória do concurso público e existe para confirmar se a autodeclaração do candidato é compatível com a forma como ele é percebido socialmente. Ela possibilita a entrada de pessoas negras, indígenas e quilombolas na instituição, o que representa uma medida concreta de democratização do serviço público”, explicou. 

Segundo ela, o momento foi histórico para a instituição. “Como mulher preta, é motivo de orgulho participar desse momento. Esse processo mostra que existem políticas reais de acesso e que outras pessoas podem se ver nesse espaço”, acrescentou. 

O resultado dessa etapa será divulgado pela Fundação Carlos Chagas, com possibilidade de recurso, conforme edital. 

Prova oral 

As provas orais ocorreram entre os dias 21 e 23 de novembro, com a participação de quatro examinadores vinculados à Fundação Carlos Chagas. Conforme a coordenadora do concurso, Ana Maria Tobaldini, a dinâmica foi estruturada para garantir agilidade e diminuir a ansiedade dos candidatos. 

“Cada candidato foi avaliado por quatro examinadores, dentro de áreas previamente informadas. O tempo médio de arguição foi de 10 a 15 minutos por examinador. Organizamos um sistema de rodízio para que ninguém ficasse parado esperando, o que deixou o processo mais dinâmico e confortável para os candidatos”, explicou. 

Ela ressaltou a parceria consolidada entre a FCC e a Defensoria Pública do Amazonas. “Desde o segundo concurso, somos responsáveis pela execução do certame junto à Defensoria. É uma relação de confiança, e ficamos muito satisfeitos em participar desse processo tão importante para o Estado”, afirmou. 

Sonhos que cruzam estados 

Entre os candidatos que participaram da última fase do concurso, esteve Argileu Soares Neto, de Salvador (BA). Ele contou que estuda para a Defensoria desde 2020 e vê na DPE-AM uma referência nacional. 

“A Defensoria do Amazonas é uma instituição muito bem estruturada. Imagino que atuar aqui seja uma experiência única, considerando a dimensão territorial, as questões ambientais e os povos originários”, afirmou. 

Já a candidata Stefany Coimbra, de Manaus, destacou a emoção de participar da fase final em sua cidade natal. “Foi uma avaliação tranquila, com examinadores muito receptivos. É muito significativo ter a oportunidade de disputar uma vaga aqui e poder, futuramente, servir à população amazonense”, disse. 

Concluída a fase oral, o concurso segue agora para a avaliação de títulos, publicação dos resultados preliminares, abertura de prazo para recurso e posterior homologação final. 

O certame prevê o preenchimento inicial de 10 vagas, além de cadastro reserva. Atualmente, a Defensoria Pública do Amazonas possui cerca de 80 cargos vagos, que poderão ser preenchidos conforme a disponibilidade orçamentária e decisão administrativa. 

Texto: Ed Salles 

Foto: Junio Matos/DPE-AM

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