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Defensoria instaura procedimento para investigar quedas de energia em Codajás

As frequentes quedas de energia registradas no município de Codajás viraram alvo de um Procedimento Preparatório Coletivo, instaurado pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), em março deste ano. O objetivo é apurar e coibir as ocorrências com rigor e urgência, visto os prejuízos causados aos consumidores do município. 

De acordo com os defensores públicos do Polo de Coari, que atende Codajás, o problema se arrasta há pelo menos 10 anos. As falhas no abastecimento elétrico da cidade ocorrem diversas vezes por dia, sem comunicação prévia e sem horário específico. “E muitas vezes essas faltas de energia duram horas. Oficiamos o responsável local da Amazonas Energia, porém a justificativa foi genérica e limitou a delegar o problema a terceiros”, explicou o defensor público Thiago Cordeiro, coordenador do polo. 

Segundo ele, a Defensoria tem recebido diversas reclamações sobre prejuízos patrimoniais, além de ter coletado mais de 100 declarações de pessoas que sofreram algum dano em razão desses problemas. 

O defensor público Ênio Barbalho, que também atua no polo, afirma que essas reclamações ficaram mais evidentes nos mutirões que a DPE-AM tem realizado no município, mensalmente. “A falha na prestação do serviço aos consumidores foi constatada inclusive durante os mutirões de atendimento promovidos pela Defensoria Pública. Em fevereiro e março, por exemplo, os atendimentos foram temporariamente suspensos em virtude da ausência de energia elétrica. Com a formalização do procedimento extrajudicial, a Defensoria Pública visa obter novos elementos informativos e, a partir de então, adotar as providências necessárias para melhorar a qualidade de vida da população codajaense”, ressaltou. 

No Procedimento, a Defensoria solicita que a empresa Amazonas Energia encaminhe informações sobre as constantes quedas e apresente um relatório atualizado das interrupções no fornecimento de energia em Codajás, além de informações sobre as providências adotadas para minimizar o problema. A empresa terá um prazo de 10 dias para se manifestar.  

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Promotoria de Justiça de Codajás e Procuradoria-Geral do Município também serão oficiadas para acompanharem o andamento das investigações. 

“Vamos aguardar as respostas e fazer uma audiência pública para debater e procurar soluções para esse problema que dura mais de uma década. Mas caso não seja possível, não descartamos a possibilidade de ajuizar uma ação civil pública”, destacam os defensores.  

Texto: Kelly Melo

Foto: Evandro Seixas-DPE/AM

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