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Como reduzir os problemas econômicos na América Latina com o uso de cadeias de abastecimento eficientes

Uma análise feita pela empresa MTM Logix aponta que uma cadeia de abastecimento eficiente pode ajudar a resolver alguns dos principais problemas econômicos na América Latina e contribuir para melhorar as condições de vida na região de várias maneiras. Por exemplo, com a redução de custos e o aumento da competitividade, promove-se uma diversificação econômica que facilita o desenvolvimento de novas indústrias e minimiza a dependência das exportações de produtos de base. Esse cenário, que dá margem a uma maior colaboração e partilha de informações entre as empresas, estimula a inovação, eleva a produtividade e o interesse do investimento estrangeiro.
 

Alguns setores da América Latina são mais vulneráveis aos problemas econômicos e aos desafios da cadeia de abastecimento. Entre os principais, estão a agricultura e a produção alimentar, suscetíveis às flutuações dos preços mundiais e ao déficit de infraestrutura. Outros segmentos afetados são mineração e extrativismo, dependentes das matérias-primas; energia, impactado pela volatilidade do mercado e por redes de distribuição inadequadas; e comércio e bens de consumo, prejudicado por redes logísticas deficientes e atrasos aduaneiros, que aumentam os custos e reduzem a competitividade.
 

“Cadeias de abastecimento eficientes geram empregos e ajudam a promover a segurança alimentar, melhorando a distribuição de produtos agrícolas e reduzindo o desperdício de alimentos. Elas também contribuem com o progresso das infraestruturas de transporte e logística nos portos, estradas e redes ferroviárias, além de promover práticas ambientalmente responsáveis. Esse viés ‘verde’ inclui a redução no consumo de energia, a minimização dos resíduos e o estímulo ao uso de materiais sustentáveis em benefício da região “, disse Mario Veraldo, CEO da MTM Logix.
 

Foco nas PMEs

As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) representam cerca de 99% do total de empresas no continente latino-americano, empregando aproximadamente 67% dos trabalhadores da região, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Porém, apenas 10% delas exportam parte ou a totalidade de sua produção, ante 40% observados na Europa, por exemplo.
 

No Brasil, de acordo com o último levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), no acumulado de 2023, 83% dos novos empregos foram gerados pelas PMEs. Em 2022, a cada 10 postos de trabalho criados no país, cerca de 8 foram gerados pelas micro e pequenas empresas. Além disso, no acumulado do último ano, registrou-se um número superior a 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão foram nos pequenos negócios – cerca de 78,4% do total. Além de serem responsáveis pela maioria dos postos de trabalho, as PMEs respondem por27% do PIB do Brasil.
 

“O apoio às pequenas e médias empresas (PMEs) é outro ponto de extrema importância, pois proporciona um melhor acesso aos mercados, aos recursos e à informação, ajudando-as a crescer e a competir de forma mais eficaz. Isso pode levar à criação de mais empregos e contribuir para a redução da desigualdade de renda na região”, disse Veraldo.
 

Era Digital

Outro ponto crucial para o desenvolvimento de novos planos de cadeia de suprimentos é a digitalização das empresas e o fomento à inovação, que possibilitam a simplificação de processos, a melhoria da eficiência e o aprimoramento da tomada de decisões. Essa medida não se limita aos aspectos digitais da transformação, mas envolve também o fator humano, que precisa estar pronto para assumir os novos processos movidos digitalmente.
 

“Uma cadeia de abastecimento eficiente e resiliente pode ‘salvar ‘ as empresas ao influenciar significativamente as suas operações, a rentabilidade, competitividade e sustentabilidade. Ela também proporciona benefícios como a redução de custos, melhoria do serviço ao cliente, mitigação de riscos, agilidade e capacidade de resposta, inovação e competitividade, sustentabilidade e proteção ambiental. Tudo isso por meio de investimentos em tecnologia, implementação de estratégias de gestão de riscos, foco na melhoria contínua, diversificação de fornecedores e redes de distribuição, entre outros pontos”, finaliza Veraldo.

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