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Caminhos Verdes: Crimes Planetários é tema de palestra ministrada pelo professor alemão Christoph Burchard no Seminário Internacional Sobre Proteção da Amazônia

Falando em inglês, professor-doutor defendeu uma reformulação no sistema de punições e sugeriu que as punições adotassem uma abordagem planetária

Na abertura do Seminário Internacional Sobre a Proteção da Amazônia do projeto Caminhos Verdes, realizado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), o professor alemão Christoph Burchard abordou o tema “crimes planetários”. Em uma palestra repleta de provocações e reflexões, Burchard destacou a necessidade urgente de repensar o modo como lidamos com crimes ambientais e as consequências planetárias das ações humanas.

Com tradução simultânea, o professor iniciou sua apresentação agradecendo aos organizadores e ao público presente, demonstrando entusiasmo pelo evento e pela oportunidade de trocar conhecimentos. O doutor Burchard enfatizou que os europeus têm muito a aprender com o Brasil, especialmente com o conhecimento indígena, considerado por ele como crucial para a proteção ambiental.

Durante sua palestra, o professor compartilhou uma experiência pessoal que reforçou a gravidade da situação na Amazônia: ao verificar a previsão do tempo em seu smartphone, ele notou a presença de fumaça, resultado dos incêndios que destroem a floresta. “O cheiro de fumaça estava no ar“, comentou, relacionando a destruição ambiental ao impacto direto na vida cotidiana.

Burchard apresentou três provocações centrais: a necessidade de uma nova abordagem para os crimes ambientais e econômicos; o papel fundamental das vozes dos povos indígenas na definição de crimes planetários e a urgência de compreender que as mudanças climáticas, o aquecimento global e a poluição em escala planetária não são desafios para os quais estamos preparados.

Ele destacou que as consequências políticas dessas mudanças podem estar sendo subestimadas, mencionando que o pensamento tradicional sobre o direito penal ambiental precisa ser transformado. Para ele, crimes ambientais não se limitam ao impacto local, mas afetam o planeta como um todo. “Estamos interconectados com o planeta”, afirmou, ressaltando a necessidade de uma abordagem planetária para esses crimes.

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